O professor e jornalista
brasileiro Filipe Pena esteve na UBI, na passada quinta
feira, 15, para uma conferência dirigida essencialmente
aos alunos de Ciências da Comunicação.
A palavra “opção” começou
a conferência, referindo o orador que é esta
a melhor palavra para definir o jornalista. Na opinião
de Filipe Pena, o jornalista está sempre no “fio
da navalha” e uma boa carreira ou uma má
carreira dependem das opções que se vão
fazendo no decorrer de cada trabalho. “Por vezes
um ligeiro deslize, uma má opção
acaba de imediato com anos e anos de trabalho”,
exemplifica.
Durante hora e meia, Filipe Pena apresentou quatro reportagens
feitas por ele para a televisão Manchete, na qual
já trabalhou. O professor brasileiro utilizou-as
para levantar várias questões com que se
deparam os jornalistas no seu dia-a-dia. Com uma reportagem
especial, uma reportagem oportunidade, uma reportagem
ridículo e uma reportagem vazio fez variadas questões
de ordem ética que assaltam a consciência
jornalística e inquietou a plateia.
“Interferir ou não? ou “O jornalista
deve ir até que ponto para conseguir uma boa reportagem?”
foram alguns dos problemas levantados e para os quais
os futuros jornalistas confessam ainda não estar
preparados. Filipe Pena responde a todas elas com um “bom
senso”. A boa resposta, o melhor trabalho, a melhor
decisão tem que ter bom senso e cabe ao jornalista,
o mediador por excelência da informação,
essa atitude. “Desmentir uma notícia nunca
é a mesma coisa nem tem o mesmo impacto”
afirma Filipe Pena.
Com uma carreira jornalística brilhante, “cheia
de sorte”, e professor na Universidade Federal Flunimense,
no Rio de Janeiro, está em Portugal pela quinta
vez e ficou encantado com as instalações
da UBI.
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