Melhores condições
para idosos
Novos lares da Misericórdia abrem em Abril
As instalações
dividem-se em duas unidades, com capacidade para 52 idosos
cada. Um lar que deverá ser comparticipado pela
Segurança Social e outro gerido como uma instituição
privada.
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Ana Ribeiro Rodrigues
NC / Urbi et Orbi
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Os dois novos lares da Santa Casa da Misericórdia
da Covilhã, que resultam da reconversão
das enfermarias do antigo hospital, têm abertura
prevista para Abril. O edifício tem capacidade
para albergar 104 idosos, divididos em igual número
pelas duas unidades. O lar que será gerido pela
Misericórdia como uma estrutura privada e aquele
a que chamam lar social, onde a Santa Casa pensa vir a
ter uma comparticipação de 50 por cento
da Segurança Social, que não está
ainda garantida. A confirmar-se irá traduzir-se
numa ajuda de 300 euros por mês a 21 pessoas de
uma das unidades.
Mas mesmo aqui a admissão de pessoas com baixos
rendimentos fica bastante condicionada, já que
a mensalidade mínima, à partida, será
de 650 euros. No lar ao lado esses valores devem andar
entre os mil e os mil e cem euros. “Estamos a condicionar
as pessoas com menos rendimentos à convenção
a à capacidade que cada uma dessas pessoas e a
família têm”, diz José Mesquita
Nunes, o Provedor. “Dentro das capacidades que a
instituição tem, nós atenderemos
o maior número de pessoas que estão nessas
condições, tendo em conta a gestão”,
acrescenta.
Pré-inscrições
ultrapassam vagas
Os dois lares, um investimento de cinco
milhões de euros, “agora são exactamente
iguais, mas no futuro é normal que venham a existir
diferenças, sem diminuir a qualidade”, sublinha
o Vice-Provedor, Lousa Nicolau. A ligação
entre os dois é feita por uma área comum,
onde, nas salas e corredores agora vazios vão ficar
instalados um cabeleireiro, uma capela, um ginásio
para manutenção e um de dimensões
mais reduzidas, para fisioterapia, entre outros serviços.
A ideia é "fazer com que os idosos estejam
o menos tempo possível nos quartos e mais nos espaços
de convívio", frisa Lousa Nicolau. As zonas
comuns dispõem ainda de 39 câmaras de video-vigilância
e os responsáveis sublinham que houve a preocupação
de pôr corrimões por todo o lado.
Os 70 quartos, metade dos quais duplos, têm todos
casa de banho privativa, um sistema de chamada e aquecimento
central. Mas as vagas neste edifício, pintado de
amarelo vivo, continuam a ser insuficientes para a procura.
O número de idosos pré-inscritos são
já 150, para 104 vagas, à semelhança
do que acontece a nível nacional, em que as listas
de espera rondam as 60 mil pessoas, numa contagem talvez
inflaccionada, por alguns idosos estarem inscritos em
mais que uma instituição.
Quando as instalações estiverem a funcionar,
adianta o Provedor, estarão criados 50 novos postos
de trabalho.
Prestação de
cuidados continuados
Para o edifício central
do antigo Hospital Distrital existe a intenção
de criar uma unidade de saúde de prestação
de cuidados continuados, para pessoas que ainda precisam
de acompanhamento mas já não podem estar
no hospital. Um projecto que pretendem concretiozar, de
preferência, em parceria com o Centro Hospitalar
Cova da Beira e, eventualmente, com a Universidade da
Beira Interior. "Se não se fizer com o hospital
temos ainda uma alternativa, com uma entidade com quem
temos contactos, que quer contratualizar um objectivo
desses. Mas nunca seria tão amplo como com essas
parcerias", informa José Mesquita Nunes.
Um dos imóveis vai ser cedido "precariamente"
à Cruz Vermelha, onde irá funcionar uma
delegação. Quanto à unidade de psiquiatria,
que irá sair das traseiras dos novos lares, há
a ideia de ser construida aí uma casa de repouso
com venda vitalícia de quartos.
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