A maioria social-democrata
na Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova chumbou, na passada
semana, o Plano de actividades e Orçamento da Câmara
Municipal para 2004. Segundo os laranjas, o aumento das
despesas correntes e com pessoal comprometem o investimento
A verdade é que a bancada socialista acusa o PSD
de praticar a política da "terra queimada"
e o próprio autarca local, Álvaro Rocha,
avisa que a autarquia se vai reger, em 2004, pelos documentos
de 2003. O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova
lamenta a atitude do PSD e estranha que os presidentes
de junta tenham votado contra o orçamento, já
que, segundo o autarca, em 2003, houve investimento em
todas as freguesias, independentemente da cor partidária.
Entretanto, em comunicado, o presidente da concelhia social-democrata
idanhense, António Salgueiro, diz que o PS afirmou,
devido à reprovação do Orçamento,
que não seria possível construir os lares
da terceira idade e o Mercado Abastecedor do Ladoeiro,
"prometidos em campanha eleitoral". Porém,
diz o PSD, depois de Álvaro Rocha ter alegadamente
dito que no primeiro ano de mandato iriam avançar
as duas obras, ao iniciar o terceiro ano de mandato, "o
senhor presidente depara-se com um problema: gastos elevadíssimos
com pessoal", o que será, segundo os social-democratas,
o entrave à construção de lares e
do referido Mercado Abastecedor. Salgueiro acusa mesmo
Rocha de ter colocado a autarquia numa "situação
de dificuldade económica", tendo tirado "dinheiro
das despesas de capital para reforçar as despesas
correntes". Por isso, diz, a reprovação
do Orçamento para 2004 "tornou-se num imperativo".
António Salgueiro diz que esta reprovação
"não é um drama", sendo até
"salutar" que tal tenha acontecido, de modo
a que "o senhor presidente mude de atitute".
É que, avisa, "se o não fizer arrisca-se
a não cumprir as suas grandes promessas eleitorais
e a responsabilidade será exclusivamente sua".
Câmara de Idanha apoia associações
culturais e desportivas
A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova acaba de disponibilizar
um subsídio superior a 18 mil euros para seis associações
culturais e desportivas do concelho.
O Rancho Folclórico de Penha Garcia, a Liga de
Desenvolvimento de Proença-a-Velha, a Associação
Cultural e Recreativa de Desenvolvimento de Salvaterra
do Extremo e o Grupo Desportivo Cultural Zebreirense foram
algumas das agremiações contempladas com
a transferência de verbas, que resultou da celebração
de protocolos, realizada no dia 31 de Dezembro.
Este apoio, cedido também à Associação
de Caçadores de Monsanto e ao Clube de Tiro dos
Toulões, vem no seguimento do Programa de Apoio
ao Associativismo, que a autarquia implementou com o objectivo
de proporcionar melhores condições aos grupos
que contribuem para o desenvolvimento cultural, desportivo
e recreativo do concelho.
Com o montante disponibilizado, as colectividades passam
a dispor de meios financeiros para suportar despesas correntes,
que estejam relacionadas, designadamente, com a realização
de iniciativas, aquisição de material e
execução de obras de beneficiação.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, Álvaro
Rocha este tipo de protocolo pretende “promover
e potenciar o desporto e a cultura junto de todos os munícipes,
bem como melhorar a qualidade turística da nossa
região”.
Reconhecendo o importante papel que as associações
desempenham na formação cultural da população,
a autarquia vem reforçar a estratégia de
cooperação que tem promovido com as colectividades,
tentando-lhes colmatar algumas necessidades ao nível
de equipamentos, meios de transporte, elaboração
de projectos, ensaios, formação, e preparação
de actividades.
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