Negociação
com Governo não avança
Greve da educação marcada para dia 23
O Sindicato dos Professores
da Zona Centro apela aos professores e educadores para
que mostrem o seu descontentamento em relação
às medidas que o governo tem feito no âmbito
da Administração Pública.
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Por Daniel Sousa e Silva
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A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação
(FNE) decidiu convocar uma greve no sector da educação,
para o próximo dia 23 de Janeiro. O Sindicato dos
Professores da Zona Centro (SPZC) respondeu ao apelo aderindo
à greve prometida.
A imposição de novas regras introduzidas
ao sistema de aposentação dos trabalhadores
da Administração Pública fora de
qualquer quadro negocial é uma das principais queixas
dos sindicatos. “A nova lei foi aprovada apesar
das recomendações do Tribunal Constitucional”,
adverte Nuno Rolo, dirigente do SPZC, no secretariado
de Castelo Branco. “Os sindicatos vão avançar
com o pedido de inconstitucionalidade dessa lei”,
anuncia.
A indisponibilidade do Governo para introduzir aumentos
nos salários para 2004 também é fortemente
criticada. O dirigente sindical defende ser “mais
uma contribuição para a degradação
do poder de compra dos trabalhadores”. Entretanto,
realizou-se na passada sexta feira, 9, uma reunião
de negociação para o possível aumento
salarial. “Algo que já devia ter sido discutido
em Setembro”, lembra Nuno Rolo. A proposta do SPZC
é um aumento na ordem dos quatro por cento, admitindo
poder baixar o pedido para os três e meio pontos
percentuais.
O Governo apresentou ao Parlamento uma proposta de lei
que prevê a institucionalização do
Contrata Individual de Trabalho na Administração
Pública, o que, para o SPZC, “constitui um
passo inaceitável que conduzirá à
precarização do emprego, criando instabilidade
no sector, com consequências gravíssimas
para as escolas”.
Ao SPZC, “perante estes factos, não resta
outra saída senão a greve”. O sindicato
promete “empenho activo na jornada de luta”.
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