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Apesar do esforço, o Covilhã foi impotente para travar a superioridade dos jogadores do Maia

O Sporting da Covilhã voltou a atrasar-se na corrida pela manutenção. Frente ao Maia, no último domingo, a equipa serrana somou a 12ª derrota da temporada numa partida onde até entrou melhor que o adversário.
João Cavaleiro foi fiel ao ditado “em equipa que ganha não se mexe” e, no relvado do Vieira de Carvalho lançou o mesmo onze que havia derrotado o Vitória de Setúbal na derradeira ronda de 2003. Mas o empolgamento mostrado pelos leões no jogo com os sadinos parece ter-se perdido na passagem de ano. Na Maia, a equipa, para além do fulgor inicial que durou cerca de um quarto de hora, nunca conseguiu encontrar soluções para contrariar a superioridade dos locais. E nem as mexidas efectuadas pelo treinador surtiram o efeito desejado.
Cavaleiro voltou a apostar no tridente ofensivo com Tarantini, Oseias e Hermes na frente de ataque. E foi mesmo dos pés dos dois brasileiros que nasceu o primeiro lance de perigo da partida. Oseias lança-se em jogada individual, dribla vários adversários e já dentro da área cruza para a zona central onde Hermes, em boa posição, perde tempo de remate e acaba por atirar contra um central adversário. O Maia, indiferente às cautelas defensivas dos covilhanenses, responde de imediato numa jogada rápida que só termina nas luvas de Celso. Basílio corresponde da melhor maneira a uma solicitação de Ricardo Nascimento, só que o remate acaba por ser travado pelo guardião serrano.
Poucos minutos depois, numa altura em que a bola rolava rápida no relvado maiato, Oseias e Hermes voltam a “arrepiar” o sector defensivo da casa, mas o remate volta a ser interceptado por Edgar Caseiro. Mais uma vez, a resposta dos homens de Jorge Regadas não se fez esperar. Logo no minuto seguinte, Bruno Novo desperdiça a mais flagrante ocasião de golo até então, ao rematar ao lado do poste de Celso quando este se encontrava já batido.
O Covilhã ainda aguentou a jogar de igual para igual alguns minutos, mas depois, os maiatos acertaram as marcações, taparam os buracos e deixaram aos beirões apenas o seu meio campo para jogar. Sem capacidade de colocar a bola nos homens mais adiantados, a turma covilhanense começa, aos poucos a ceder o controlo do jogo ao adversário, cada vez mais ágil nas incursões ofensivas na área de Celso. Aos 20 minutos os locais dão o primeiro sinal de perigo com um golo que acaba por ser anulado por fora de jogo. Os da Covilhã, avisados, tentam afastar o jogo da sua baliza avançando a linha média e fazendo recuar um dos avançados para dar mais equilíbrio ao meio campo na transposição da bola para o ataque. Só que este avanço acaba por fragilizar a defesa, que não consegue travar Ricardo Nascimento, Basílio e Bruno Novo, e tem que ser Celso, por várias vezes, a resolver os erros dos seus companheiros. Só não o conseguiu mesmo em cima do intervalo, quando Malafaia, liberto de marcação, surge na área para corresponder a um cruzamento de Ricardo Nascimento e inaugurar o marcador.
Em desvantagem, Cavaleiro troca Tarantini por Dani no início da segunda metade. Mas a substituição não trouxe nada de novo. O Maia continuou a mandar no jogo e acabaria por ampliar a vantagem aos 53 minutos, por Basílio, e aos 72, por Wagner, numa clara manifestação de superioridade técnica. Ainda assim, o Covilhã foi lutando, com armas muito limitadas, para tentar o impossível. Já em período de descontos, Hermes reduz a desvantagem para 3-1. Mas era demasiado pouco e demasiado tarde, e golo apenas serviu para os leões saírem da Maia de cabeça erguida.
A uma partida do final da primeira volta, os serranos encontram-se na última posição, a 10 pontos da linha de água. Com um plantel ainda mais curto que no início da época, a vida de João Cavaleiro não está fácil. Os leões precisam de reforços com urgência.