Melhores acessos
Novo túnel permite andar mais rápido na
Gardunha
Luz verde ao trânsito
no novo Túnel da Gardunha. A inauguração
decorreu no passado dia 19. Com esta nova infra-estrutura,
a Serra passa a ser atravessada por quatro vias, duas
em cada sentido, e a uma velocidade de 80 quilómetros
por hora.
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João Alves
NC / Urbi et Orbi
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Foi, tal como o seu "vizinho" do lado, uma obra
ambicionada durante muitos anos pelas gentes das beiras.
Mas bastou um "clik", num rato de um computador,
para que o semáforo que antecede o segundo Túnel
da Gardunha passasse a verde e, assim, os condutores começassem
a circular naquela infra-estrutura. O acto simbólico
foi dado pela Governadora Civil de Castelo Branco, Maria
Manuela Costa, a partir do Centro de Controlo de Tráfego
da Lardosa, na passada sexta-feira, 19, altura em que
o Túnel II da Gardunha abriu à circulação.
Recorde-se que as obras de perfuração da
Serra da Gardunha iniciaram-se em Setembro de 2001, na
freguesia de Alpedrinha (a Sul), e em Novembro, na ala
norte, na freguesia de Alcongosta. No ano passado foi
assinalada a junção entre os dois rasgos
e agora, a obra abriu ao trânsito.
Trata-se de um investimento de 50 milhões de euros,
que dá à A23 um túnel em cada sentido,
quando até agora a circulação se
fazia apenas a partir de um, com uma faixa de rodagem
em cada sentido.
Este Túnel II situa-se a nascente e é sensivelmente
paralelo ao que já existia anteriormente, a seu
lado, e que funciona há já alguns anos,
desde 1997. Com esta nova infra-estrutura, o atravessamento
da Gardunha passará a ser feito em quatro faixas
de rodagem, duas em cada túnel. A novo túnel
tem, de extensão, 1600 metros, e está afastada
entre 40 e 75 metros do túnel que tem a seu lado.
Porém, existem galerias transversais de ligação
entre os dois túneis, três pedonais e uma
de veículos. Com esta obra, algumas restrições
de velocidade desaparecem já que, recorde-se, no
único túnel existente até agora só
se podia circular a 60 quilómetros. Agora, em ambos
os sentidos, já se pode andar até a um máximo
de 80 quilómetros por hora.
Para Matos Viegas, administrador da SCUTVIAS, a empresa
à qual está entregue a concessão
da A23, a abertura deste sub-lanço da Auto-estrada
é importante, sobretudo no que toca à segurança
da circulação e à comodidade, bem
como fluídez do tráfego rodoviário.
Segundo Viegas, os prazos de execução da
obra "foram cumpridos", mas não na perspectiva
da empresa, que pretendia antecipar um pouco a abertura,
embora tal não tenha sido possível.
O administrador da SCUTVIAS frisa que o Túnel está
"equipado com a mais moderna tecnologia de controle
de tráfego e segurança", realça.
Além de bocas de incêndio e galerias de ligação,
existem medidores de monóxido de carbono e outros
gases. Estes medidores podem automaticamente fechar os
túneis ao trânsito, caso sejam ultrapassados
os valores limite. Cada túnel é vigiado
por 20 câmaras, cujas imagens são recebidas
no Centro de Controlo de Tráfego da Lardosa.
Governo ausente
Esta inauguração não
contou, desta feita, com nenhum membro do Governo. Chegou
a estar em pé a hipótese do Ministro das
Obras Públicas, Carmona Rodrigues, marcar presença,
mas tal acabaria por não acontecer. A Governadora
Civil do distrito, Maria Manuel Costa, esteve em sua representação.
Segundo a Governadora, o mais importante "é
que o Túnel da Gardunha esteja aberto e que a população
possa usá-lo". Maria Manuel Costa considera
esta obra "fundamental" para o desenvolvimento
da região, mas que cabe às pessoas implementar
dinâmicas de crescimento que possam atrair investimento
e indústrias, que sejam capazes de libertar a Beira
Interior da "polarização" exercida
pelas áreas metropolitanas de Lisboa e Coimbra.
Para além disso, com vista a cativar turistas,
a Governadora defende que se devem tornar as aldeias e
vilas da Beira mais atractivas. Maria Manuel Costa formula
ainda um desejo: "que o tão negativamente
conotado efeito de túnel seja por nós corajosamente
combatido".
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