Estudar o pensamento
de Carl Schmitt, e aplicar de forma prática os
conceitos deste filósofo alemão foram, segundo
António Bento, os objectivos da tese, passando
ainda pela definição da constituição
da esfera pública moderna. “O objecto da
tese passava por fazer a ligação entre aquilo
que é público e privado através do
secreto. Como é que o secreto modelou, transformou,
estabilizou ou destabilizou a categoria do público
e do privado”, esclarece o docente. A tese foi dividida
em duas partes essenciais, a primeira dedicada ao pensamento
jurídico e político de Carl Schmitt e a
segunda à génese e evolução
da esfera pública moderna.
Para António Bento esta tese é “extremamente
actual na medida em que faço uma genealogia para
mostrar como é que chegámos a este conceito
de estado de direito liberal, de esfera pública
e de opinião pública, quais foram os passos
necessários para chegar aqui”, sublinha.
O docente licenciou-se em Ciências da Comunicação
na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa. A partir do terceiro ano da licenciatura,
“como tinha possibilidade de frequentar disciplinas
em qualquer outra licenciatura que existisse, escolhi
algumas de filosofia”, explica. Posteriormente,
na UBI, fez as provas de aptidão cientifico-pedagógica,
e, em seguida, o mestrado, na Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em Ciências
da Comunicação.
No Departamento de Comunicação e Artes da
UBI já leccionou várias disciplinas como
História dos Media, Teoria Política e Filosofia
Política, Teoria da Comunicação,
Teoria da Linguagem e Pensamento Contemporâneo.
O júri da prova foi constituído por José
Manuel do Carmo Ferreira, professor catedrático
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, António
Carreto Fidalgo, professor Catedrático da UBI,
José Augusto Bragança de Miranda, professor
associado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
da Universidade Nova de lisboa, José Manuel Boavida
Santos, professor Associado da UBI, Diogo Pires Aurélio,
professor auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Rui Bertrand
Baldaque Romão, professor auxiliar da UBI.
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