Os Leões da
Serra voltaram a dar um passo atrás na luta pela
manutenção na Liga de Honra. No último
domingo, 14, os covilhanenses deslocaram-se a Marco de
Canaveses e somaram a 11º derrota da temporada depois
de terem estado em vantagem no marcador.
Não se pode dizer que o Covilhã tenha, durante
algum período do jogo, dominado o encontro. A equipa
da casa, onde militam os ex-covilhanenses, Moisés,
André Cunha, Edgar e Nini, foi quase sempre superior
e dispôs das melhores oportunidades para abrir o
marcador. Valeu, no entanto, a atenção de
Celso que teve que se aplicar por três vezes para
manter o nulo até ao intervalo. Por outro lado,
o ataque marcoense também não apresentava
grandes soluções ofensivas para contrariar
o esquema montado por Cavaleiro à frente da baliza
de Celso. Até ao fim da primeira parte só
o Marco tinha criado verdadeiras situações
de perigo, mas quando o guardião serrano não
chegou, foi a barra a salvar um remate de Marquinhos.
O Covilhã, por seu lado, pouco conseguia fazer.
Cavaleiro lançou três avançados em
campo (Lourenço, Oseias e Dani) mas acabou por
não retirar qualquer dividendo uma vez que raramente
a bola lhes chegava em condições. Com uma
defesa composta por cinco elementos – Gérson
jogava um pouco mais à frente dos centrais, mas
sentiu-se sempre tentado a recuar – Rui Andrade
e Trindade sentiram sempre grandes dificuldades em impor
a sua presença no meio-campo, onde, em superioridade
numérica, o adversário controlava as operações.
As jogadas de ataque dos beirões morriam, por isso,
à nascença. Ainda assim, Oseias esteve muito
perto de marcar para os forasteiros, mas o poste da baliza
de Pitarelli, devolve o remate do brasileiro.
Na segunda metade é, de novo, o Marco que entra
a tomar conta do jogo. No entanto, a sorte sorri, desta
feita, aos covilhanenses. Numa jogada rápida Lourenço
arranca pela esquerda, recebe a bola de Oseias e, dentro
da grande área, remata cruzado para o fundo das
malhas de Pitarelli. Um balde de água fria nas
bancadas do Avelino Ferreira Torres que premiava a maior
eficácia dos leões da Serra.
Mas foi sol de pouca dura. Depois do golo, as reacções
das duas equipas foram exactamente o oposto. O Marco passou
a atacar mais ao passo que a estratégia do Covilhã
era proteger o resultado. E o resultado foi o que se viu.
A equipa da Covilhã não resistiu à
tentação de fazer recuar os homens mais
avançados e isso permitiu ao Marco disponibilizar
mais unidades para o ataque. Depois, a ingenuidade do
costume fez o resto. 15 minutos depois do golo de Lourenço
a turma da casa chega ao empate através da marcação
de uma grande penalidade a castigar falta de Real sobre
André Cunha. Gláuber não perdoou
e restabeleceu a igualdade. O Covilhã, já
com Ido no lugar de Lourenço, passa a defender
o empate, e nem a entrada de Dani deu outro fulgor à
equipa. Por fim, e quando já se esperava o empate
em Marco de Canaveses, Marquinho abre o livro e bate Celso
com um golo de belo efeito. E se as coisas já estavam
complicadas para os forasteiros, pior ficaram no minuto
seguinte com o terceiro golo da equipa da casa numa altura
em que as bancadas ainda comemoravam o segundo. O Covilhã
ainda tentou reduzir até ao final da partida, mas
já não teve tempo para mais nada.
No final da partida, Cavaleiro reconheceu alguma ingenuidade
nos golos sofridos pela sua equipa e, apesar da má
situação na tabela acredita na recuperação.
Mas, avisa, “são precisos reforços
em Janeiro”.
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