Iniciativa
do Conservatório da Covilhã
Música traz de volta o espírito de Natal
Esta semana foi a vez
do Coro da Academia Sénior e do Coro do orfeão
da Covilhã darem as Boas Vindas ao Natal .
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Por Susana Gomes
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Na passada sexta feira, 19 de Dezembro, ao fim da tarde,
a Covilhã deu, mais uma vez, as Boas Vindas ao
Natal, na Igreja da Misericórdia da Covilhã,
mas desta vez, pelas vozes do Coro da Academia Sénior
da Covilhã e, posteriormente, do Coro do orfeão
da Covilhã.
O primeiro coro a subir ao palco foi o da Academia, dirigido
por Campos Costa, director do coro. Este coro existe há
cerca de dois anos e, desde que surgiu, tem participado
regularmente neste tipo de iniciativas. Desta vez, apresentaram
algumas músicas inéditas do seu repertório,
como é o caso de “Nina, Nana”, pastoral
proveniente de Itália.
Na opinião de Campos Costa, “apesar da média
de idades das pessoas que integram o coro ser de 65 anos,
são vozes belíssimas e, como tal, não
é difícil organizá-los, pois já
têm experiência na matéria, e há
boa vontade por parte de todos”. Refere ainda que
“este tipo de iniciativas é importantíssimo,
tendo em conta a época em que estamos, sendo necessário
sublinhá-la como ela merece”. Neste âmbito,
Campos Costa conclui, afirmando que “a Igreja é
o local indicado para estes eventos, porque é o
cenário ideal, enquadrando-se, totalmente, no espírito
do Natal.
No futuro, este coro, que o director considera “ainda
muito jovem”, pensa “levantar voo”,
continuando a desenvolver os projectos que iniciaram na
altura da sua criação. Campo Costa fez ainda
uma pequena referência à mestre do Coro da
Universidade da Beira Interior, afirmando que “é
sempre um prazer ajudar os jovens que mostram interesse
por estas iniciativas”.
No intervalo do evento, Barata Gomes, director do Conservatório
Regional de Música da Covilhã, entidade
organizadora destes concertos, agradeceu a todos os presentes
por terem comparecido, desejando-lhes Boas Festas.
Uma Cantada para todos
A seguir a esta intervenção,
Luís Pachucka, director do Coro do Orfeão
da Covilhã, o próximo a actuar, fez uma
pequena introdução ao trabalho que ia ser
apresentado. Este coro cantou uma peça, a Cantada
de Natal, da autoria de Fernando Lopes Graça, que
foi dividida em três peças menores. A Cantada
define-se como a forma clássica musical, onde existe
um drama musicado, cantado em Latim que, neste caso, está
organizado de modo a “elevar o canto popular à
sua forma erudita”, segundo refere o director do
coro. “Ela deixa transparecer o mistério
do espírito natalício, embora faça,
também, uma associação entre todas
as vertentes da vida, com o cântico popular”.
Luís Pachucka é professor de formação
musical no Conservatório, dando aulas a alunos
cujas idades oscilam entre os 10 e os 13 anos, e dirige
também este coro, há cerca de um ano, embora
o Coro do Orfeão já exista desde cerca de
1920.
No final do concerto, o professor e director do coro,
refere que “no início estavam um pouco nervosos,
porque foi a primeira vez que cantaram esta peça
em público, mas até correu bem”. Pachucka
faz ainda referência ao facto de existirem muito
poucos jovens no coro – apenas cinco jovens -, afirmando
que “são necessárias vozes mais lisas,
mais jovens, pois são mais fáceis de organizar”.
Luís Pachucka deixou ainda no ar a ideia de novos
concertos por parte deste coro, mas não adianta
do que se trata, pois ainda “não está
nada certo”.
De referir ainda o facto de não ter existido muita
adesão por parte do
público mas, apesar disso, todos os presentes estavam
satisfeitos. Um dos
espectadores foi o porta-voz: “Estão todos
de Parabéns”.
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