Rir é sempre melhor do que
chorar
|
Fecho do Festival
de Teatro da Covilhã
“Nevaram”
aplausos no Teatro das Beiras
Snow, Snow, Snow”
é o nome da peça, que encerrou o Festival
de Teatro da
Covilhã
.
|
Por Maria João
Canadas
|
|
|
Caem as últimas
folhas de Outono e a neve já espreita na Estrela
a chegada do Festival de Teatro da Covilhã”
é a frase de boas vindas do Teatro das Beiras, que
organizou mais uma vez um festival. É neste contexto,
que a peça intitulada “Snow Snow Snow”
alegrou a noite fria com a delícia da neve para o
encanto de cada espectador. A peça, mostrada no último
dia 13, no Auditório do Teatro das Beiras, traz o
sabor da neve ao palco para o encanto de todos.
Foi a última peça do festival. Após
o final da peça, no mesmo espaço, realizou-se
um concerto de jazz proporcionado pelo grupo Arkadakafé
de Évora.
A adesão ao espectáculo de teatro quer ao
musical foi enorme, havendo lotação esgotada.
Um dos organizadores do festival, Alexandre Barata declara
estar “muito contente com a casa cheia neste fecho
de festival”. Em relação às faixas
etárias destacou-se um público muito variado
na casa dos “oito aos oitenta anos”.
A peça foi encenada por Nuno Pino Custódio
e conta com a interpretação de Alexandre Barata,
Ana Filipa Trindade, Bina Ferreira, Rogério Bruno
e Rui Silva.
A história baseia-se na viagem de três alpinistas
a uma montanha, tendo como objectivo alcançar o ponto
mais alto do cume da mesma. Os alpinistas são de
nacionalidades diferentes, italiana, inglesa e alemã
facto que os faz desentenderem-se pois não partilham
a mesma cultura. Na viagem enfrentam todo o tipo de obstáculos
como o frio, a neve, o vento, as feras que se encontram
na montanha. A meio da viagem encontram uma mulher “angelical”
como a caracteriza, um espectador, Tito Fernandes. A mulher
ainda provoca mais o desentendimento entre os viajantes.
Depois de uma fera comer a personagem feminina, unem-se
pela tristeza da morte da mulher. A mulher é como
“um sonho” como refere o actor Alexandre Barata.
Ainda acrescenta afirmando que “se torna um alento
mas também um empecilho”.
O processo de criação das personagens partiu
da improvisação, mais
concretamente, do curso de formação de Commedia
dell’Arte e da técnica da máscara que
foi organizado pelo encenador da peça. A criação
demorou dois anos e mais tarde foi adaptada para peça
de teatro.
A técnica de construção de personagens
na máscara baseia-se na expressão física
de cada personagem. O objectivo é “o encontro
entre actores e o público” como define o actor
Alexandre Barata. A peça tal como o processo de criação
também mostrou grande expressividade corporal de
cada personagem.
O cenário era completamente “cru” como
refere Pedro Figaldo assim como a iluminação
baseando no branco como referência.
As expectativas dos presentes foram superadas. Margarete
Casquinha, assistiu à peça e afirma “a
peça em si era muito simples mas que com tanta simplicidade
que conseguiu transmitir tanto”. Tito Fernandes resume
“simplesmente genial”.
Após a actuação do grupo profissional
de teatro foi a vez de o grupo musical Arkadakafé
actuar proporcionando um espectáculo único.
Os componentes da banda eram um órgão, uma
guitarra, um saxofone, um
contra-baixo, um trompete e uma bateria que conjugados com
a voz de Susana Bilou originaram o encantamento dos presentes,
até por volta das 4h da madrugada.
Tal como refere Tito Fernandes “uma belíssima
noite com uma grande chave deouro”.
|
|
|