Exposição
de trabalhos manuais
Natal diferente
Alunos da Escola do
1º ciclo do Ensino Básico de Santo António
e artesãos da região reuniram-se para celebrarem
a época natalícia numa festa pouco tradicional.
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Por Inês
Pombo
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A Escola do 1º ciclo do Ensino Básico de Santo
António realizou no passado sábado, dia
13, pelas 15 horas, a já tradicional festa de Natal.
Este ano, devido ao facto das instalações
da escola se encontrarem em obras, o evento decorreu na
Associação de Desenvolvimento Rural (RUDE),
local onde provisoriamente a escola se encontra a funcionar.
Já que a RUDE é uma associação
que apoia as actividades artesanais desenvolvidas na região,
a festa contou com a presença de quatro artesãos.
Segundo a direcção da escola, a presença
dos artesãos teve como principal objectivo “promover
um ambiente de aprendizagens mútuas e desenvolver
nas crianças um gosto pelas actividades artesanais.”
Às 15h e 30m, os apresentadores deram início
à festa. Seguiram-se as canções,
a poesia, as peças de teatro e de dança
alusivas à época natalícia. A plateia
ficou rendida à alegria e ao nervosismo das crianças.
Terminadas as actuações, professores e auxiliares
abriram ao público a quermesse constituída
por peças elaboradas pelos próprios alunos.
As receitas das vendas vão reverter para a compra
de material didáctico para escola.
A festa não poderia acabar de melhor forma. Foram
distribuídos pelas crianças pequenos lanches
para recomporem as energias.
Artesãos queixam-se
de falta de apoio
Maria da Luz, oleira há
30 anos, revela que não é fácil ser-se
artesão no
nosso país, pois “Portugal não sabe
ou não quer dar apoio aos artesãos.”
Nos últimos quinze anos, Maria da Luz apenas faz
algumas peças nos tempos livres, uma vez que, tal
como explica: “ o dinheiro que fazemos nas feiras
e exposições artesanais por vezes não
é suficiente para pagar o aluguer do espaço,
o transporte e a alimentação”.
Já Celeste Marques, outra artesã presente
no pavilhão, desde nova vive da confecção
de tapetes em lã. “Foi um trabalho que aprendi
desde pequena com a minha avó. Exerço-o
como profissão, mas reconheço que é
muito difícil, principalmente para os jovens, viver
desta actividade”.
Durante a exposição, os artesãos
confeccionaram ao vivo as suas peças: alfaias agrícolas
de madeira em miniatura, olaria, tecelagem e artes decorativas
em pasta de papel e papel reciclado.
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