Liga de Honra
Frio serrano gela Estádio do Mar
Covilhã consegue
o empate nos instantes finais e gela as bancadas do Estádio
do Mar. Os leões recuperam do jejum de nove jornadas
e já levam três rondas sempre a pontuar.
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Alexandre S.
Silva
NC / Urbi et Orbi
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E já vão três. Três jogos seguidos
da equipa de João Cavaleiro a pontuar depois de
um jejum de nove jornadas. No último domingo, no
Estádio do Mar, o Covilhã conseguiu mais
um pontinho. Muitos poderão dizer que não
foi merecido porque o Leixões dominou o encontro
do princípio ao fim. Porque criou mais oportunidades.
Mas a verdade é que quem não marca…
arrisca-se a sofrer, por muito bem que jogue. Que o digam
os jogadores leoninos que, durante as nove jornadas iniciais
estiveram do outro lado… dos que jogam mas não
marcam.
Para o Estádio do Mar Cavaleiro cumpriu com o que
tinha prometido no final do jogo com o Leiria (Taça
de Portugal) e apresentou um onze inédito. Nélson,
habitualmente encarregue da defesa do flanco esquerdo,
colocou-se no centro do terreno à frente dos centrais
Piguita e Gérso, e cedeu o seu habitual lugar ao
versátil capitão Trindade. Mas as grandes
alterações estavam na frente. Cavaleiro
prescindiu de Denilson, Oseias e Dani e lançou
em campo o jovem avançado Tarantini, apoiado por
Lourenço à esquerda e por Ricardo Viola
à direita.
Uma disposição que foi dando resultados
uma vez que o conjunto serrano ia conseguindo travar os
ataques leixonenses, ao mesmo tempo que arranjava espaços
para lançar a contra-ofensiva.
Os da casa entram na disposição de marcar
cedo, mas demonstram pouca habilidade para ultrapassar
o esquema defensivo montado pelo técnico forasteiro.
Aliás, até foi o conjunto serrano o primeiro
a criar perigo, com Rui Andrade a rematar à trave
aos 28 minutos e Tarantini a obrigar o guardião
Bizarro à defesa da tarde três minutos depois.
Mas o conjunto da casa havia de se recompor, tomar as
rédeas da partida e remeter os beirões à
defesa da sua grande-área. Celso, regressado à
equipa após uma prolongada ausência por lesão,
ainda teve que se aplicar por um par de vezes para manter
o nulo até ao intervalo.
O empate nos pés
de Tarantini
Na segunda metade João Alves faz entrar Detinho
em campo por troca com Pedro oliveira. Uma substituição
que se revelaria fatal para os serranos que, apenas três
minutos depois do recomeço vê o avançado
inaugurar o marcador no seguimento de um pontapé
de canto. O Covilhã acusa o golo e perde a acutilância
que tinha demonstrado na primeira metade.
O Leixões cresce e, por duas vezes podia ter acabado
com as esperanças, mas João Pedro, em ambas,
não consegue desfeitear Celso.
Quando já se esperava o primeiro triunfo de João
Alves aos comandos dos nortenhos, Tarantini culmina uma
jogada espectacular com um golo de belo efeito a centro
de Rui Andrade. Faltavam poucos minutos para o apito final
de Nuno Almeida e os jogadores do Leixões ainda
tentaram repor a vantagem, mas até final, os leões
conseguiram segurar o empate com unhas e dentes.
Com este resultado, o Covilhã continua na última
posição, mas ganha terreno para o Desportivo
das Aves e para o Marco, adversários directos na
luta pela manutenção. Depois de nove rondas
sem pontuar, o Sporting da Covilhã parece mesmo
recuperar e soma cinco pontos nos últimos três
encontros da Liga de Honra. Na próxima jornada
os serranos recebem a Ovarense. Um adversário do
meio da tabela mas acessível, que fora de casa
ainda só venceu um jogo. Uma oportunidade de ouro
para os covilhanenses recuperarem ainda mais terreno para
os clubes mais próximos, que vão ter jogos
bem mais difíceis.
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