Planos para
o futuro
Mutualista quer certificado de qualidade em 2004
A Mutualista Covilhanense
aprovou o Relatório e Contas e prepara-se para
uma revisão dos estatutos.
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Andreia Reis
NC / Urbi et Orbi
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Os sócios da Associação de Socorros
Mútuos, Mutualista covilhanense pagam 25 cêntimos
a mais na sua quota mensal. Um aumento simbólico
que passa de 75 cêntimos – antiga taxa mensal
– para um euro. Trata-se de uma proposta da actual
direcção que foi aprovada por maioria, na
passada sexta-feira, 28, no auditório da instituição,
em Assembleia Geral, com apenas um voto contra. Facto
que, no entender do presidente daquela Associação,
Ramiro Reis, é, em pleno, justificável.
“O sócio que aqui hoje votou contra, votou,
não porque não seja amigo da Associação,
já que é associado há mais de 50
anos, mas porque tem problemas económicos e uma
reforma muito baixa”, revela, sem deixar de admitir
que “qualquer aumento é significativo para
a sua bolsa”. A verdade é que, embora pareça
um valor irrisório, não deixa de ser um
pouco substancial para determinadas carteiras dos associados
da Mutualista. “Os sócios desta Associação
são das pessoas mais carenciadas da cidade com
pensões de reforma insignificantes”, sublinha,
confessando, porém, que “um euro, hoje, praticamente
não é nada, sendo que 25 cêntimos
são uma ajuda essencial para as finanças
da instituição”.
O relatório e contas para 2004, também aprovado
por maioria, mas com uma abstenção, foi
outro dos pontos a ser tratado na reunião. Uma
alínea, da qual se destaca alguns objectivos que
foram falados em Assembleia. Entre eles, a contratação
de mais um médico “para prestar serviços
de saúde aos associados, que são cada vez
mais e, muitos deles, com idade já avançada”,
evidencia o responsável. E não deixa de
ser uma acção que se torna mais fácil
para os membros, permitindo-lhes “deslocarem-se
à sede em vez do posto médico e, eventualmente,
o hospital”, lembra.
“Fazer do apoio domiciliário e do apoio em
Centro de Dia e Lar, uma relíquia”, é,
de acordo com o representante, outro dos grandes alvos.
Isto para garantir “uma grande qualidade da Segurança
Social”, de modo a que, em 2004, a Associação,
“possa vir a ser certificada como instituição
de qualidade”, anuncia.
Também já a partir do próximo ano,
os confrades podem usufruir de um novo serviço.
Trata-se de um consultor jurídico, cuja função
é “apoiar os sócios da Mutualista
covilhanense”. No entanto, “ainda não
está definido pela direcção os moldes
em que vai ser feito esse apoio”, refere.
No primeiro mandato, a direcção encontra-se
satisfeita porque, para além dos objectivos enunciados
em cima, há outro que foi concretizado na campanha
eleitoral: um apoio de oito, para 28 camas, fornecido
pela Segurança Social.
Federação
nacional
A revisão estatutária sempre foi um alvo
a ser revisto em qualquer instituição. Ramiro
Reis não foge à regra e considera esta revisão
fundamental. Essencialmente porque, “é preciso
adequá-la à legislação que
rege as Mutualistas e à Constituição
da República portuguesa”, afirma. Para além
de ser “só através da revisão,
que se permite aumentar o número de sócios”.
Já que “os estatutos impedem a admissão
de sócios com mais de 50 anos de idade”,
lembra. Ainda de acordo com o presidente, outra situação
que leva a ter que rever os estatutos “é
adequá-los à legislação nacional,
que permite a cooperação e participação
na Lei de bases da Segurança Social, Lei que deveria
ser implantada este ano”, enfatiza. Assim, a nova
Lei de bases “prevê apenas que a Segurança
Social fique com os subsídios de doença,
de desemprego e com as reformas mínimas”,
passando “as reformas máximas a serem geridas
por instituições particulares e, nomeadamente,
as Associações Mutualistas que irão,
para isso, constituir uma federação a nível
nacional”, clarifica.
Esta federação não é falada
pela primeira vez e tem estado muito em voga nas assembleias
das Mutualistas. Para o responsável da Mutualista
Covilhanense, este acordo “pode dar uma maior perspectiva
e mais dinâmica, isto é, a federação
pode gerir e capitalizar as verbas que ficarão
disponíveis através dos fundos do Estado
e poderão, inclusivamente, trazer outros benefícios
e regalias aos sócios”, enaltece. E fomenta:
“Quando as Mutualistas tiveram uma federação
com muita força, os sócios não são
Associação de Socorros Mútuos, mas
sócios da federação da Mutualista”.
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