Luís Carrilho é o responsável pelo ciclo de seminários
Seminário tutorial
Ver os automóveis por dentro

Luís Carrilho apresentou um seminário sobre o papel do automóvel na engenharia.


Por Daniel Sousa e Silva


“O objectivo da realização de um seminário tutorial sobre o automóvel na engenharia é fazer divulgação sobre uma área em que a Universidade da Beira Interior (UBI) tem especialidade”, conta Luís Carrilho, organizador do seminário “O automóvel na engenharia”.A iniciatica decorreu na UBI no passado dia 13, quinta feira.
O docente da UBI referia-se a Engenharia Mecânica, ramo Automóvel. “Uma licenciatura de banda larga por quatro anos e um virado especificamente para o automóvel”, recorda.
Luís Carrilho explica que o automóvel engloba quase todas as áreas da engenharia como é o caso da mecânica, da química e da electrónica. Quando interrogado acerca da utilização de novos materiais, Luís Carrilho responde que é impossível continuar a utilizar os mesmos materiais e que as carroçarias têm tendência a ser cada vez mais frágeis. Os materiais compostos de plástico são mais os utilizados. Um dos progressos verifica-se no campo do design, sendo o design utópico do automóvel a forma de gota. Apesar disso, o maior desafio continua a ser a segurança.
Este tipo de seminário visa dar aos alunos do 1º e 2º anos (das licenciaturas em engenharia) uma perspectiva dos cursos existentes na UBI, nomeadamente o curso de Engenharia Mecânica, ramo automóvel.
“O automóvel na engenharia” faz parte de um ciclo de seminários organizado por Luís Carrilho. O próximo seminário vai ter como temática a inspecção automóvel e contará com a presença de um engenheiro de um Centro de Inspecção Mecânica de Automóveis da região da Beira Interior.





A história



A evolução do automóvel até à máquina dos dias hoje foi mostrada durante o seminário . O automóvel evoluiu bastante desde a sua concepção, no século XIV, por Martini, pintor italiano. Do século XIV até ao final do século XIX registaram-se apenas evoluções esporádicas. Porém, daí em diante os desenvolvimentos do automóvel e dos seus componentes sucedem-se com uma distância temporal cada vez menor. Entre as muitas etapas da evolução do automóvel destacam-se alguns factos conhecidos. Henry Ford, em 1896, cria o quadriciclo (carro experimental) e na primeira década de 1900 funda a Ford Motor Company. A vela de ignição é patenteada, em 1902, na Alemanha, por Robert Bosh. Três décadas mais tarde, a Mercedes lança o primeiro automóvel ligeiro a diesel. As evoluções sucedem-se; no entanto, sofrem um abrandamento no período da II Guerra Mundial.
Os primeiros testes de colisão são realizados, em 1951, pela Ford. Dois anos depois, Michelin inventa o pneu radial, o mais seguro e dinâmico da altura. Em 1978, emerge um novo conceito de automóvel, o carro solar, desenvolvido na Grã-Bretanha, que atinge os 13 Km/h. A indústria automóvel avança, assim, a passos largos. Na última década do século XX, esta começa a concentrar-se, devido à grande competitividade do mercado de vendas.
O número de automóveis produzido anualmente é astronómico. A Ford, a Toyota e a Voklswagen lideram uma produção mundial de mais de 100 milhões de automóveis, segundo dados do ano 2000.
A investigação automóvel encontra, actualmente, novos desafios. Uma das grandes preocupações é a carga de poluição do ambiente. O aproveitamento do combustível tem de ser melhorado. A diminuição da potência e da cilindrada leva a gastos mais baixos, o que conduz à diminuição da capacidade de transporte. O grande desafio das marcas é conseguir modelos mais pequenos para um fácil acesso às cidades, os chamados "citadinos".
O desenvolvimento técnico do automóvel é cada vez mais electrónico, uma vez que as avarias mais frequentes se verificam neste tipo de componentes, que se têm tornado de maior fiabilidade.