Eu, a Puta de Rembrandt






De
Sylvie Matton
















Por Sónia Almeida

“Neste romance tudo é verdadeiro, nada é inventado, nem os processos, nem as receitas, nem os cheiros, nem o armário, nem o espelho... Nem as obras, nem a bondade”, afirma aquela – Sylvie Matton – que procurou, acima de tudo, a verdade para a redacção deste romance.
Baseada no destino injusto e atormentado de Hendricke Stoffels, mas também na beleza da sua pessoa, a autora constrói um romance simultaneamente belo e triste.
Rembrandt retratou e amou duas mulheres: Saskia, com quem casou, e Hendricke Stoffels, que viria a ser a mãe de Cornelia, mas que não chegou a desposar. Esta situação de mancebia, na Holanda puritana da época, lançou a pior das acusações sobre uma jovem culpada, somente, de amar e admirar o homem que a imortalizará através da pintura.
“Eu, a Puta de Rembrandt” é uma obra cativante, escrita numa linguagem viva e expressiva, que transporta o leitor para uma atmosfera pejada de sentimentalismo e dor.