O Covilhã conquista o primeiro
ponto numa partida em que a capacidade de sofrimento foi
maior que o espectáculo
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Primeiro ponto
da temporada à 10ª jornada
Serranos quebram enguiço
em Chaves
O Covilhã
empata em Chaves e conquista o primeiro ponto da temporada
em Chaves. A próxima ronda os serranos recebem
o União que fora de casa ainda não venceu
e leva apenas um golo marcado.
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NC / Urbi et
Orbi
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E à 10ª jornada
o Covilhã lá consegue o ponto que há
tanto perseguia. O mais caricato é que esta terá
sido uma das menos bem conseguidas exibições
da equipa esta temporada. Basta ver que, durante a primeira
parte, Tó Ferreira, o guarda-redes transmontano,
quase não teve trabalho, ao contrário de Luciano.
Para Trás-os-Montes, João Cavaleiro voltou
a escalonar uma equipa voltada para o ataque, com Hermes
na frente ladeado por Dani e Dário, que substituiu
Denilson no onze titular. Mas, mais uma vez, as coisas não
funcionaram do meio-campo para a frente, até porque
José Alberto Costa, o técnico dos transmontanos,
lançou em campo uma equipa com muitas cautelas defensivas.
Ainda assim, foram os da casa que, como lhes competia, tomaram
as rédeas do encontro. João Alves, o mais
esclarecido e dinâmico jogador do Chaves é
o primeiro a criar perigo com um portentoso remate que Luciano
trava com alguma dificuldade. Mas teria que se esperar mais
de 20 minutos até se ver novo remate à baliza
serrana, novamente de longe. Mais uma vez, a defesa serrana
esteve impecável. Compacta, rápida sobre a
bola e a defender o mais longe da baliza possível,
dificultou ao máximo o trabalho dos mais avançados
elementos do Chaves. A este propósito é de
salientar as excelentes prestações de Piguita
e Gérson no eixo, e a já habitual abnegação
do lateral direito Rui Morais, que a defender, quer a lançar
o ataque.
No reatamento da partida foi novamente o Chaves o primeiro
a tentar criar perigo. Situação prontamente
rectificada por João Cavaleiro que coloca Ido na
marcação directa a João Alves. O médio
guineense do Covilhã esteve irrepreensível
na função e “secou” completamente
aquele que era, até aí, o mais inspirado transmontano.
Com os caminhos para a sua baliza completamente tapados,
os “leões da Serra” sentem, então,
mais confiança para sair para o ataque. Mas, se até
à entrada da área tudo corria bem, com triangulações
espontâneas, o mesmo não se pode dizer do último
passe e do remate. Cavaleiro ainda lançou Denilson
e Lourenço em campo, mas, para além de refrescar
o sector, pouco mais adiantou.
Com o final do jogo e a “obrigação”
de vencer, os flavienses voltam a tomar conta do jogo e
a aproximar-se da baliza à guarda de Luciano, mas
apenas perto dos 90 minutos o Covilhã volta a tremer:
Isidro evita Luciano e remata para golo, valendo uma intervenção
providencial de Rui Morais em cima da linha de golo.
O Covilhã acabaria por conquistar o primeiro ponto
da época com algum sofrimento à mistura numa
cidade onde, na última época, assegurou a
manutenção na II Liga, ao vencer a turma local
por 0-2. Este ano, as coisas não andam tão
bem para os serranos. Mas o ponto conquistado em Chaves
pode ser o tónico que faltava para que os jogadores
de João Cavaleiro voltem a acreditar que a manutenção
é uma possibilidade real. No próximo domingo,
8, o Covilhã recebe o União da Madeira. Uma
formação que, na última época,
foi vencer ao Santos Pinto, mas que esta temporada também
se arrasta pelo fundo da tabela e, por isso, das mais acessíveis
do campeonato. A vitória é o único
resultado que interessa, ainda mais tratando-se de um adversário
directo, para o Covilhã atenuar a diferença
para os seus mais directos opositores que têm, todos,
jogos difíceis pela frente.
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