Depois de há dois anos terem “atacado”
o mundo do rock de surpresa com um homónimo
álbum de estreia, que combinava os estilos
americano e britânico, os Black Rebel Motorcycle
Club estão de volta. Mais fortes, mais
rápidos e mais agressivos que nunca.
Se “B.R.M.C.” foi uma espécie
de farol para um género que há muito
- pelo menos desde o fim dos Stone Roses - andava
à deriva, “Take them on…”
assume completamente o controlo do leme e coloca
o navio de novo na rota certa.
Quem esperava que depois do primeiro registo o
trio de S. Francisco, exorcizasse os espíritos
do punk em prol de um crescimento comercial, enganou-se.
Peter Hayes, Robert Turner e Nick Jago amadureceram,
é certo, mas não se acomodaram.
Nem se venderam. “Take them on..”,
editado há menos de um mês, é
um trabalho de impressionante coragem. Menos introspectivo
mas mais dinâmico e “venenoso”
que o primeiro, “intoxica” o ouvinte
da primeira à última faixa com canções
de obscura beleza e bizarra harmonia. O bom velho
punk-rock do cabedal preto está de volta.