Exposição
As "curvas" de Rudolfo Passaporte

NC / Urbi et Orbi


Sempre admirou a figura humana e as suas "curvas". E são estas "curvas" as linhas mestras que têm pautado o seu trabalho. Falamos de Rudolfo Passaporte, pintor nascido em Madrid no ano de 1927, mas que desde 1959 adoptou a cidade da Covilhã como sua. A exposição de pintura que está patente ao público no Edifício Arte e Cultura covilhanense, desde o passado dia 20 até 30 deste mês, mostra, em 40 quadros, a "adoração" que tem pelas figuras humanas desenhadas sob a forma de de longas curvas e pintadas com cores forte e intensas. Uma mostra intitulada "Do Neo-Clássico ao Curvilinismo".
Pintor desde os 13 anos, Rudolfo Passaporte veio para a Covilhã devido a probelmas de saúde. E foi deixando-se ficar na cidade serrana. Foi professor na Escola Comercial e Industrial Campos Melo e na Escola Secundária Frei Heitor Pinto. Na sua inclinação pela representação da figura humana dá "bastante importância à captação psicológica das expressões de um rosto ou das atitudes das pessoas retractadas ou surgidas da imaginação criadora". Em 1973, cria, na Covilhã, um novo estilo de desenho e pintura a que chamou de Curvilinismo. Em Maio de 2001, realizou pela primeira vez uma exposição inteiramente dedicada a este estilo, no Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior.
São da autoria de Rudolfo Passaporte algumas das obras de arte localizadas na região, que incluem intervenções no âmbito da pintura do tecto de alguns edifícios religiosos (tecto do altar-mor da Capela de Nossa Senhora do Carneiro, na Aldeia do Souto), do restauro, em diversas obras, da pintura mural, tanto de interiores, como de exteriores e ainda da produção de medalhística e de cartazes e planfletos comemorativos e publicitários.
Nos 40 quadros agora expostos no Edifício Arte e Cultura, o público tem oportunidade de admirar, até 30 de Outubro, as "curvas" da figura humana, pelo pincel de Rudolfo Passaporte.