Segunda fase
Impactes ambientais reduzidos na Zona Industrial do Tortosendo
No geral, o Estudo
de Impacte Ambiental para a segunda fase da Zona Industrial
do Tortosendo é positivo. Os impactes negativos
são reduzidos, temporários e reversíveis.
Aos positivos é dado, igualmente, destaque.
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Carla Loureiro
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A empreitada para as infra-estruturas da segunda fase
da Zona Industrial do Tortosendo (ZIT) encontra-se em
fase de adjudicação e o prazo global previsto
é de 210 dias. Prevê-se que os primeiros
lotes desta segunda fase estejam prontos para laboração
ainda este ano. É com base nestes dados, e outros,
que parte o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da segunda
fase do ZIT, elaborado pela Tecninvest, no período
de Maio a Agosto de 2002 e Junho e Setembro de 2003, e
a que o NC teve acesso. Recorde-se que a entidade responsável
pelo projecto é a Câmara Municipal da Covilhã.
Este contempla a criação de três zonas:
a A, a Nascente, onde vão ser implantados equipamentos
sociais; a B, a Norte, para parcelas de grande e média
dimensão e finalmente a C, a Sul, para parcelas
de pequena dimensão. Ao todo, são 108 as
parcelas, destinadas a indústria, comércio
e serviços, bem como por outras duas, destinadas
a unidades de equipamento social e a um pólo tecnológico,
o Parkurbis. O projecto desenvolve-se em terrenos inseridos
na área da Cova da Beira e em terraços fluviais
do vale do Rio Zêzere
Na envolvente da área em estudo, a ocupação
do solo é predominantemente industrial e urbana,
havendo também pequenas áreas de Reserva
Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica
Nacional (REN) que será necessário desafectar
do seu uso actual para permitir a implementação
desta segunda fase do projecto. Do ponto de vista do património,
não resultou, diz o EIA, da prospecção
efectuada no terreno, "o reconhecimento de qualquer
tipo de estrutura com interesse patrimonial".
Entrando no ponto dos impactes do projecto sobre o ambiente,
não se prevêem impactes no clima. Reduzidos
são também considerados os impactes geológicos
e geomorfológicos. Quanto à impermeabilização
do solo, "corresponderá um impacte negativo,
de elevada magnitude, mas de baixa significância".
No que respeita os recursos hídricos, na fase de
construção, "as principais acções
do projecto potencialmente indutoras de impactes negativos
no escoamento das águas superficiais são
a movimentação de terras e maquinaria, as
quais já tiveram lugar". Pelo contrário,
"os impactes associados às intervenções
relacionadas com a pavimentação e implantação
das infra-estruturas não induzem impactes negativos
com significado nos recursos hídricos". No
entanto, diz o Estudo, estes impactes negativos são
"temporários e reversíveis" e
são "passíveis de minimização,
com a adopção e implementação
das medidas que se preconizam". No que concerne aos
sistemas ecológicos, "a necessidade de desafectação
de reduzidas áreas de RAN e REN, para implantação
do projecto, não parece poder constituir um impacte
significativo". Em termos paisagísticos, "ocorrerão
impactes visuais negativos decorrentes da artificialização
do local, associada à imagem predominantemente
negativa associada ao tipo de instalações
a implantar".
Mas os impactes positivos não são deixados
de fora no EIA. No domínio da sócio-economia,
o principal impacte consistirá no reforço
da captação de indústrias para o
concelho da Covilhã. Ocorrerá, também,
um impacte positivo no emprego, directo e indirecto, assim
como no nível de qualificação, que
deverá ser mais elevado que o actual. Ainda em
termos de impactes negativos, regista-se a possibilidade
de melhorar a gestão urbanística e, de um
modo geral, a organização do território
em todo o concelho.
No documento, podem também ser lidas algumas medidas
de minimização dos impactes negativos no
ambiente. Aquele pode ser consultado na Junta de Freguesia
do Tortosendo ou ainda na Internet, no site www.iambiente.pt.
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