Solidariedade
social
Pedidos de ajuda aumentam no "ReAgir"
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Andreia Reis
NC / Urbi et Orbi
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A Covilhã, cidade e concelho, estão com
graves problemas a nível social". Quem o diz
é Catarina Caldeira, coordenadora do Projecto "ReAgir".
Apesar de ter os problemas sociais e económicos
"habituais" de uma cidade, "actualmente
a situação da Covilhã está
mais agravada", reforça a coordenadora. Isto
devido "aos despedimentos das várias empresas
que têm dado falência ao nível dos
lanifícios", relembra. Razão pela qual
"chegam cada vez mais pessoas aqui ao gabinete para
solicitarem ajuda, nomeadamente de apoio alimentar e económico,
no caso do rendimento mínimo garantido", confessa.
De acordo com a responsável, "tentar complementar
o trabalho do Centro de Emprego, que também é
parceiro do reAgir", é outra das várias
funções que este gabinete tenta fazer na
ajuda de pessoas mais necessitadas. "As pessoas estão
desempregadas, há famílias que estão
a passar por muita dificuldade e é normal que nos
procurem para um emprego ou uma casa, com uma renda mais
económica, apoio alimentar e tem sido esse o encaminhamento
que a equipa técnica tem feito", revela ao
NC no âmbito do Dia Internacional para a Erradicação
da Pobreza, que se comemorou no passado dia 17, em Castelo
Branco, no auditório do Instituto Português
da Juventude (IPJ).
O Projecto de Luta Contra a Pobreza (PLCP), "reAgir",
(Covilhã) e a Santa Casa da Misericórdia
do Fundão participaram nos eventos para a celebração
deste dia. Desta forma, as crianças do ATL, Centro
Comunitário "Portas do Sol", participaram
na exposição conjunta de trabalhos manuais
sobre "A ideia de pobreza". Para além
da exposição, tiveram ainda a oportunidade
de comparecer na peça de teatro organizada pelo
PLCP "Porta Aberta", de Castelo Branco. Tudo
isto no sentido das instituições participantes
sensibilizarem e alertarem as pessoas, desde crianças,
até adultos, para as várias formas que assume
o flagelo da pobreza na Beira Interior.
Projecto acaba, mas acções
continuam
A terminar no próximo dia 31 de Dezembro, o Projecto
"reAgir", já fez muitas intervenções
a nível habitacional. "Já fizemos o
realojamento de pessoas para o Bairro da Alegria",
salienta a coordenadora do Projecto, acrescentando que,
"de dez habitações, há apenas
três disponíveis". Ao nível de
Apoio Social e de acordo com a responsável, "cada
vez chegam mais solicitações de alimentos".
Daí que "todos os meses seja entregue um cabaz
de alimentos a famílias identificadas pela técnica
de serviço social".
Para além disto, "também ajudámos
no preenchimento do curriculum ou duma carta de apresentação
porque há pessoas que toda a vida trabalharam nos
lanifícios e têm dificuldade em fazer uma
redacção deste tipo", assegura. No
que diz respeito à educação, continua
o Ensino Recorrente porque "há uma taxa de
analfabetismo considerável no concelho", justifica.
Quanto a projectos recentes, Catarina Caldeira afirma
que "foi feita uma candidatura ao Programa de Apoio
Integrado ao Idoso (PAII) para apoio domiciliário
às freguesias de Santa Maria, São Martinho,
Conceição e São Pedro". Segundo
a responsável, "é um projecto que tem
como parceiros as Juntas destas freguesias, o Centro Hospitalar
da Cova da Beira e outras instituições".
Trata-se de um projecto que "pretende complementar
o apoio domiciliário que é dado pelo Lar
de São José e pela Associação
Mutualista", explica. Com a duração
de dois anos e ainda à espera da aprovação,
a coordenado ra diz que "provavelmente em Maio, já
temos uma resposta".
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