A UBI, em parceria com a Sociedade Portuguesa
Interdisciplinar de Laser Médico (SPILM), trouxe aos utilizadores e alunos
algumas noções sobre o laser, uma ferramenta cada vez mais empregue
para fins médicos, mas cuja utilização em segurança
ainda não está bem definida.
Para além do cursos com estreita ligação ao laser, "existe
um hospital bem apetrechado a funcionar na região", avança Mário
Pereira, docente na UBI e um dos organizadores, "razões pelas quais
nos foi proposta a realização deste encontro, aqui na Covilhã",
acrescenta.
Este curso, intitulado "Segurança Laser", permite que os alunos
e técnicos que operam directamente com aparelhos desta natureza, tenham conhecimento
das suas capacidades e dos seus perigos. O workshop, realizado no anfiteatro da
Parada, apresentou-se dividido em vários pontos, entre os quais, as noções
físicas do que é um laser e as normas de segurança que se devem
seguir na utilização desta ferramenta.
São já várias as áreas onde o laser é empregue,
desde a optometria, até à ginecologia, passando também pela
estética. Esta última é uma das áreas que mais problemas
tem originado. No entender dos intervenientes, "esta ferramenta médica,
e não só, conheceu uma grande expansão, sobretudo ao nível
na cirurgia estética, como é a depilação laser",
explica Mário Pereira. O grande problema desta vulgarização
prende-se com a segurança e com a forma de utilização.
Normas de segurança são prioritárias
A apresentação de uma carta europeia sobre o laser e tudo o que
diz respeito a este equipamento foi feita na UBI. Os investigadores e docentes
que estiveram reunidos nesta acção de formação partilharam
o esboço de um provável manual de segurança. O documento
tem vindo a ser estudado por várias instituições europeias
e tem como objectivo cobrir o vazio legislativo que existe ainda nesta matéria.
Para exemplificar, João Dias, médico no Hospital Pêro da Covilhã
afirma que "hoje em dia é possível uma qualquer criança
adquirir uma ponta de laser, o que pode provocar inúmeras lesões,
principalmente no campo ocular". Uma ressalva positiva, "vai para os
professores do ensino secundário da cidade", diz João Dias.
Isto porque "existem escolas onde se utiliza o laser para fins didácticos
e, ao mesmo tempo, serve para os docentes alertarem para os perigos que este representa".
Este profissional de saúde revela, no entanto, que "em muitos estabelecimentos
onde se recorre ao laser, não existem as condições mínimas
de segurança". Daí que a aprovação do documento
apresentado na UBI, "seja prioritária", sublinha.
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