O UBINEEC - Núcleo de Estudantes de Economia da Universidade da Beira
Interior (UBI) organiza a VII Semana da Economia entre os dias 22 e 28 de Outubro.
Na passada quarta feira, 22, Pedro Fiadeiro, da direcção Regional
de Agricultores da Beira Interior, esteve na UBI para falar da sua experiência
dos incêndios que devastaram a região e sobre o seu impacto económico
na Beira Interior.
O médico-veterinário considera-se "minimamente preparado para
falar sobre a matéria", já que desenvolve a sua actividade
no Ministério da Agricultura "muito ligado aos agricultores e produtores
da região".
Pedro Fiadeiro mostrou que houve três tipos de impactos: sociais, ambientais
e económicos. A nível social, "há a tendência
para o abandonos das populações nas áreas ardidas e transferência
para os súburbios dos grandes centros urbanos", conta.
O impacto ambiental dos fogos é "enorme". Segundo Pedro Fiadeiro,
"a ausência de florestas faz com que partes dos solos se soltem e se
sedimentem, causando erosão descontrolada".
A economia é "bastante afectada por este fenómeno", afirma.
"A economia rural pecuária é obrigada a procurar formas de
alimentação alternativas para os animais, já que os que possuía
foram destruídos." Um dos principais atingidos é "o próprio
Governo, porque tem de compensar financeiramente as populações e
as indústrias lesadas", explica Pedro Fiadeiro.
Os incêndios incidiram, principalmente, sobre sete concelhos da Beira Interior,
a área denominada "Zona do Pinhal". Mação, Sertã,
Vila de Rei, Oleiros, Proença-a-Nova, Vila Velha de Rodão e Fundão
são as "zonas negras" enumeradas por Pedro Fiadeiro.
Hoje, terça feira, vai estar presente no fecho da VII Semana de Economia
Miguel Frasquilho, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças.
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