Por Daniel Sousa e Silva


Pedro Fiadeiro falou sobre os impactos dos incêndios na Beira Interior

O UBINEEC - Núcleo de Estudantes de Economia da Universidade da Beira Interior (UBI) organiza a VII Semana da Economia entre os dias 22 e 28 de Outubro. Na passada quarta feira, 22, Pedro Fiadeiro, da direcção Regional de Agricultores da Beira Interior, esteve na UBI para falar da sua experiência dos incêndios que devastaram a região e sobre o seu impacto económico na Beira Interior.
O médico-veterinário considera-se "minimamente preparado para falar sobre a matéria", já que desenvolve a sua actividade no Ministério da Agricultura "muito ligado aos agricultores e produtores da região".
Pedro Fiadeiro mostrou que houve três tipos de impactos: sociais, ambientais e económicos. A nível social, "há a tendência para o abandonos das populações nas áreas ardidas e transferência para os súburbios dos grandes centros urbanos", conta.
O impacto ambiental dos fogos é "enorme". Segundo Pedro Fiadeiro, "a ausência de florestas faz com que partes dos solos se soltem e se sedimentem, causando erosão descontrolada".
A economia é "bastante afectada por este fenómeno", afirma. "A economia rural pecuária é obrigada a procurar formas de alimentação alternativas para os animais, já que os que possuía foram destruídos." Um dos principais atingidos é "o próprio Governo, porque tem de compensar financeiramente as populações e as indústrias lesadas", explica Pedro Fiadeiro.
Os incêndios incidiram, principalmente, sobre sete concelhos da Beira Interior, a área denominada "Zona do Pinhal". Mação, Sertã, Vila de Rei, Oleiros, Proença-a-Nova, Vila Velha de Rodão e Fundão são as "zonas negras" enumeradas por Pedro Fiadeiro.
Hoje, terça feira, vai estar presente no fecho da VII Semana de Economia Miguel Frasquilho, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças.