Jean-François Bloch, da École Française de Papeterie, e
Jean-Claude Roux, das Industries Graphiques de Grenoble, dois investigadores franceses,
apresentaram seminários sobre os últimos desenvolvimentos na área
da produção de papel, na passada quinta feira, 16.
"Contribuição das fibras do eucalyptus português para
a qualidade do papel de impressão" é o nome de apresentação
realizada por Jean-François Bloch. O investigador começou por estabelecer
as suas metas de pesquisa: caracterizar a superfície e estrutura do papel
e conhecer profundamente as ferramentas de produção e as técnicas
de caracterização do papel. "Aquilo que se procura ao produzir
papel é alcançar a melhor qualidade", diz Bloch, mas denota
que, quando se refere a este termo, "quer dizer preço". Bloch
faz questão de evidenciar que "a economia é um factor essencial
na indústria e, por isso também, na investigação".
O investigador francês mostrou que o papel "é um material tridimensional",
podendo "ser trabalhado de todos os ângulos possíveis".
Para o provar, Bloch apresentou uma recriação virtual de papel em
dois filmes. "Ampliando o papel milhões de vezes, pode-se constatar
que é um material com uma textura porosa", conclui.
Jean-Claude Roux, que trabalha há vários anos em colaboração
com a UBI em cursos de mestrado e teses de doutoramento, realizou uma apresentação
intitulada "Últimas inovações em matéria de máquinas
para papel de impressão". Os resultados que o investigador mostrou
no seu seminário foram possíveis graças a teses de doutoramento.
Roux exibiu a evolução das máquinas de impressão de
papel desde os tempos da antiga impressão de jornais em prensas até
ao moderno método de impressão de fotografias.
|