Fundão
"Polis" de Frexes garante apoios do Governo
A requalificação urbanística
que Manuel Frexes quer implantar na cidade via receber apoios do Ministério
do Ambiente. A garantia foi dada por Amílcar Theias, no passado dia 2.
O ministro afirma que se trata de uma obra de "muito mérito",
independentemente do Fundão não ter o programa Polis.
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João Alves
NC / Urbi et Orbi
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"São projectos muito meritórios que visam reabilitar esta cidade,
na qual existe desordenamento urbanístico. Há aqui situações
quase inacreditáveis. Penso que o presidente da câmara está
empenhado numa obra de muito mérito. Tem bons projectos e nós vamos
com certeza apoiá-los." Foi esta a garantia deixada pelo ministro
do Ambiente e Ordenamento do Território, Amílcar Theias, após
a visita efectuada à cidade no passado dia 2. Theias teve oportunidade
de ver alguns dos locais onde será feita uma requalificação
urbana e pode conhecer alguns dos projectos que a autarquia fundanense classifica
de fundamentais para o desenvolvimento do concelho.
Numa visita que, devido ao Conselho de Ministros, foi encurtada nos seus objectivos
(estava programada uma visita à Central de Compostagem e ao Parque Industrial),
Theias teve oportunidade de conhecer as actuais piscinas municipais (já
construídas, a funcionar e com custo orçado nos três milhões
750 mil euros) e no seu interior ficou a saber que a Câmara do Fundão
pretende requalificar o parque desportivo do Fundão, local onde ficarão
estruturas para a prática do ténis, mini-golf, futebol de sete,
squash ou petanca. Para além disto, a autarquia pretende avançar
com o Museu Arqueológico Municipal (em fase de concurso), requalificar
a Avenida Eugénio de Andrade (obra que está em concurso orçada
em 665 mil euros), construir o pavilhão gimnodesportivo (em projecto, orçado
em 600 mil euros), requalificar todo a zona envolvente ao Multiusos, construir
a Casa da Cultura, avançar com a ligação entre Aldeia de
Joanes e Fundão, e construir um silo-auto junto ao mercado, uma estrutura
com dois pisos, 280 lugares, rodeada de áreas verdes e com um espelho de
água. Ou seja, todo um conjunto de obras que vão custar largos milhares
de euros e que, por isso, precisarão de apoio por parte do Governo. Recorde-se
que o Fundão não ficou, como desejava, contemplado com o Programa
Polis, mas desde a primeira hora que Manuel Frexes se dispôs a operar uma
pequena revolução na cidade, para a tornar mais bonita e atractiva.
Agora, falta conseguir apoios, e pelos vistos, o ministério do Ambiente
não deverá falhar, já que para Amílcar Theias agora,
será preciso "estudar a forma de tentar encontrar as soluções
mais adequadas a esse apoio. Independentemente de lhe chamar ou não polis,
vamos tentar encontrar uma engenharia financeira que possibilite a realização
destes projectos".
Dinheiro da reprogramação do 3º Quadro
de Apoio
Quem estava satisfeito com a resposta do ministro era
o presidente da Câmara do Fundão, Manuel Frexes, que salienta que
os caminhos do desenvolvimento são trilhados "com projectos concretos
e com obras que existem ou já estão no terreno. Este é um
percurso de uma ou duas décadas. Daqui para a frente, este concelho estará
transfigurado para ser uma jóia, uma pedra preciosa no seio do Interior
e do País". Frexes classifica a receptividade de Amílcar Theias
de "fantástica", pois "disse-me claramente que apesar das
situações de contenção que existem neste momento,
mas atendendo a uma questão de igualdade, o ministério irá
apoiar estes projectos". As verbas, essas, diz Frexes, poderão chegar
da reavaliação do 3º Quadro Comunitário de Apoio (QCA)
ou nas verbas de eficiência do Ministério. "Provavelmente esse
apoio será feito no âmbito do reforço do programa da Beira
Interior Sul" salienta o autarca fundanense.
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