A AAUBI marcou as 23h de hoje, terça feira,
como hora de início para a vigília de protesto em frente aos Serviços
Académicos da Universidade da Beira Interior. Os estudantes contestam o valor
de 700 euros fixado para as propinas na instituição.
"Vai-se tentar fazer uma noite mais ou menos animada", adianta Bruno Carneiro,
tesoureiro da Associação Académica da Universidade da Beira
Interior.
A oferta de febras e caldo verde é uma das ideias da AAUBI para cativar os
alunos a permanecer durante o mais tempo possível no local. O tesoureiro
afirma que o objectivo é "tentar ficar toda a noite, até de manhã,
para depois continuar a contestação".
Quanto à habitual falta de adesão por parte dos alunos ubianos às
manifestações estudantis, Bruno Carneiro defende que, "desta
vez, as pessoas estão dedicadas de corpo e alma à causa". Para
aqueles que não estejam a pensar em participar, a AAUBI também já
antecipou o problema. "Vão ser organizados piquetes com quatro ou cinco
pessoas, para fazer uma ronda pelos bares para chamar todos os outros à vigília",
revela.
No dia 1 de Outubro, quarta feira, está planeado pela Associação
Académica o fecho da Rua Marquês D' Ávila e Bolama, a estrada
em frente ao Pólo I. A intenção é instruir os estudantes
a circular ininterruptamente nas duas passadeiras em frente à UBI, impossibilitando
o trânsito automóvel.
Ainda no dia 1, a AAUBI pretende fazer um peditório simbólico pelas
ruas da Covilhã, em semelhança com um anterior decorrido durante o
período de matrículas dos "caloiros". "Durante as matrículas,
procedeu-se a um peditório simbólico, que apareceu de forma espontânea,
mais como brincadeira, e foi assim que surgiu a ideia de se fazer um também
pela cidade", elucida Bruno Carneiro.
Direito civil
Santos Silva, reitor da UBI, afirma, a respeito dos anunciados protestos, que
"o direito à manifestação pública é um
direito civil dos alunos como de qualquer outro cidadão". No entanto,
adverte para o facto de "este direito dever ser exercido em respeito pelo
normal funcionamento da sociedade". Santos Silva espera que os protestos
decorram dentro da "legalidade".
O reitor admite, como em anteriores ocasiões, não concordar com
certos aspectos da nova lei de financiamento do Ensino Superior, mas "a verdade
é que a lei tem de ser respeitada".
|