Ajuda preciosa
Empresa do Norte oferece material para reconstruir casas ardidas no distrito
Uma empresa do Norte acaba de dar um importante
contributo para a reconstrução das casas ardidas no distrito durante
a vaga de incêndios. Os autarcas locais agradecem e querem ver o processo
de recuperação concluído antes do Inverno.
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Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi
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A reconstrução das casas ardidas no distrito durante a grande vaga
de incêndios do último Verão deu, na última semana,
um passo de gigante. Do Norte do País chegou um carregamento de materiais
de construção que vai permitir a recuperação de grande
parte das habitações destruídas. No total, são 50
toneladas de tijolo, 12 toneladas de cimento e 10 paletes de tintas e revestimentos
cerâmicos.
Segundo Aníbal Ramos, director geral da Maxmat, empresa que cedeu o material,
"trata-se de material que visa ajudar a suprir apenas as necessidades básicas,
como um tecto e quatro paredes, mas ainda é preciso mais". Na opinião
do responsável, "o mundo empresarial, bem como a sociedade civil,
não pode ficar indiferente a este tipo de catástrofe".
Esta foi, segundo dados do Governo Civil de Castelo Branco, a mais volumosa oferta
no âmbito da campanha de solidariedade "A Reconstruir Portugal"
oriunda de uma só entidade. Facto que deixa Maria Manuel Viana "bastante
satisfeita e agradecida", até porque, "se trata de uma firma
que não tem representação nas localidades às quais
se destina o material. A governadora diz não ter noção da
quantidade de casas que poderão ser reconstruídas com o material,
mas adianta que a divisão vai ser feita proporcionalmente ao número
de habitações ardidas nos concelhos de Oleiros, Sertã e Vila
de Rei. Maria Manuel acredita que a reconstrução das residências
estará pronta antes do início do Inverno, mas aproveita para lembrar
que "ainda falta ferro".
Recorde-se que no último Verão, na sequência dos fogos florestais,
arderam 38 casas em quatro concelhos do distrito. Oleiros, o mais fustigado, viu
23 famílias ficarem sem tecto. A Sertã surge em segundo lugar neste
ranking dramático com 9 casas consumidas pelas chamas, seguida de Vila
de Rei (4) e Proença-a-Nova (2).
Para José Santos Marques, presidente da Câmara de Oleiros, esta é
"uma ajuda preciosa" que chega em tempo oportuno. O processo de reconstrução
já começou no concelho e já há habitações
completamente restauradas uma vez que alguns particulares não quiseram
esperar pelos "tardios" subsídios governamentais. Hoje, sexta-feira,
25, a autarquia reúne com todas as famílias afectadas, juntas de
freguesia e técnicos dos serviços camarários para tratar
de todos os assuntos relacionados com o processo, que também envolve a
distribuição de uma verba de 200 mil euros cedida a "fundo
perdido" pelo Banco Espírito Santo. O objectivo, sublinha Santos Marques,
"é terminar a reconstrução antes do Inverno, que se
prevê muito rigoroso". Por isso, conclui "não há
um minuto a perder".
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