Primeira abordagem
Médicos espanhóis precisam-se para resolver carências na região
Nos próximos quatro anos, a região
necessita de recrutar 60 médicos. O Centro Hospitalar da Cova da Beira
deslocou-se a Madrid para contactar com profissionais espanhóis necessários
para colmatar carências.
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Carla Loureiro
NC / Urbi et Orbi
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O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) precisa de contratar 60 médicos
nos próximos quatro anos. E o primeiro passo para colmatar essa deficiência
foi dado dia 18, além fronteiras. O presidente do Conselho de Administração
(CA) do CHCB, Miguel Castelo Branco e o seu homólogo do Hospital Amato
Lusitano, Rui Lélé, deslocaram-se a Madrid, a convite do Ilustre
Colégio Oficial de Médicos, para uma primeira abordagem aos cerca
de dois mil profissionais desempregados. "Angariar" médicos espanhóis
para as unidades de saúde da região foi o objectivo. No entanto,
revela Miguel Castelo Branco, "o balanço final da visita só
daqui a algum tempo é que terá resultados". "Mas valeu
a pena o esforço", realça este responsável.
De acordo com o presidente do CA do Centro Hospitalar - que agrega, recorde-se,
os hospitais Pêro da Covilhã e o do Fundão -, o convite do
Ilustre Colégio teve como propósito o contacto com profissionais
da saúde espanhóis que interessem contratar para áreas específicas
como a oncologia médica, infecciologia, anestesia, de terapêutica
e diagnóstica, urologia, neurologia, pediatria e anatomia patológica.
Serviços que, pelos vistos, não reúnem motivos de interesse
para que os profissionais portugueses saiam dos grandes centros e venham para
o Interior do País. De Espanha, adianta Castelo Branco, trouxeram já
o manifestado interesse de alguns médicos. Mas daqui até à
eventual contratação ainda vai algum tempo. "O que fizemos
foi uma espécie de estudo de mercado. Não fomos com a intenção
de trazer já médicos connosco. Mas houve quem nos abordasse a pedir
mais informações", garante. A proximidade cultural e linguística,
as condições de vida que uma região destas pode proporcionar,
as potencialidades e as necessidades das instituições de saúde
e o facto de estarem desempregados são motivos que abonam em muito para
uma possível vinda de profissionais espanhóis. E as dificuldades
de adaptação também não deverão ser muitas,
já que, actualmente, o Hospital Pêro da Covilhã acolhe oito
médicos espanhóis.
A visita a Madrid, onde também esteve presente o coordenador da sub-Região
de Saúde de Castelo Branco, Francisco Baptista, serviu igualmente para
se ficar a saber que são precisos, de imediato, cinco médicos para
colmatar carências no distrito.
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