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A Quarta Parede - Associação de Artes Performativas da Covilhã
apresentou-se ontem ao público no Teatro Cine. A oportunidade serviu também
para dar a conhecer o programa da primeira edição do Festival Y
a ter lugar entre os dias 18 de Setembro e 31 de Outubro nas cidades da Covilhã
e Castelo Branco.
Segundo Rui Sena, director artístico da associação, "a
Quarta Parede é uma estrutura de organização de eventos como
este festival, mas também de produção de espectáculos".
Diversidade é uma das características que o responsável atribui
à iniciativa que arranca já na próxima semana.
O Festival Y irá reunir actividades como o teatro, a música, a dança,
workshops, conferências, artes plásticas e performativas. "O
Juiz da Beira", pela Escola da Noite, com encenação e dramaturgia
de António Augusto Barros, é a peça que dá início
ao festival no Teatro Cine da Covilhã. Este espaço irá receber
até ao final de Outubro, peças como "Édipo Rei",
de Sófocles, pelo Teatro Corsário, "Miséria", pelo
Teatro de Marionetas do Porto, "Romeu e Julieta", a partir da obra de
Shakespeare, pela Companhia do Chapitô, "Burlesco", pelo Teatro
da Rainha e "Hamlets", de Eric Bogosian com Diogo Infante e Marco D'
Almeida. Algumas destas peças serão também representadas
no Cine Teatro Avenida em Castelo Branco. Este espaço recebe a 16 de Outubro
Sílvia Real com "Casio Tone", um espectáculo de dança.
O anfiteatro da Sede da Associação Académica da UBI, recebe
a 21 de Outubro Bruce Lee Reload - Living Cinema, pela Coleçcção
B que desenvolve a sua actividade na área das artes plásticas e
performativas. Durante o festival vão realizar-se duas conferências.
"A eficácia de Gil Vicente no Século XXI" e "A Nova
Dramaturgia Portuguesa" serão os temas em debate. A realização
de workshops sobre Caracterização, Cenografia e Produção
é outro dos pontos do programa.
Um novo desafio
"Trabalhar na cultura continua a ser difícil", sublinha Rui
Sena acrescentando que "o público pode esperar muito empenho e boa
vontade desta nova associação". Para a realização
do Festival Y, a Quarta Parede contou com o apoio de cerca de 50 mil euros atribuídos
pelo Ministério da Cultura, através do Instituto Português
das Artes e Espectáculos (IPAE). A iniciativa foi ainda apoiada pelas Câmaras
Municipais de Castelo Branco e Covilhã e por várias empresas da
região.
"Muitas vezes as condicionantes não são só financeiras,
mas também físicas", lembra Sena. Por enquanto a Quarta Parede
ainda não tem instalações próprias e irá funcionar
num espaço cedido pela ASTA. O director artístico não tem
dúvidas e afirma que "este projecto vem complementar a oferta cultural
que havia na região".
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