Por Daniel Sousa e Silva


O comissário João Amaral tem apenas 45 anos

João Carlos Alves Amaral. Este é o nome do novo comandante da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Covilhã. O comissário de 45 anos é natural da Vila do Carvalho e exerce o novo cargo em acumulação com as funções de 2º comandante da Secção Distrital de Castelo Branco. A liderança da Secção Policial da Covilhã não é um trabalho estranho a João Amaral. Já desempenhou a mesma função em substituição do comandante da altura entre Julho de 1997 e Outubro de 2000.
O novo comandante vai implementar algumas novidades na PSP da Covilhã. A primeira, que vai ser posta em prática ainda durante esta semana, é a criação de uma secção de intervenção rápida. Esta força suplementar vai ser constituída por seis agentes, entre os quais um chefe. A secção de intervenção rápida vai ser utilizada como forma de auxílio aos agentes em patrulha em caso de necessidade.
A criação de uma secção de informações e operações, em que será feito o levantamento dos problemas da Covilhã bairro por bairro, é outra aposta de João Amaral. A secção vai funcionar no actual edifício da PSP, com um agente credenciado para fazer o tratamento de todas a notícias de criminalidade. Dentro do âmbito da nova secção vai estar a análise do tipo de criminalidade da cidade, a fixa etária dos autores dos crimes e possíveis causas.
A passagem da Secção Policial da Covilhã é uma ambição de João Amaral. O comissário anunciou que a proposta "foi enviada muito recentemente para o gabinete Administrador de Segurança do Ministério da Administração Interna". A transformação, ainda sem confirmação, pode trazer à Covilhã mais meios humanos e materiais. Com a chegada a Divisão, a área da PSP da Covilhã vai ser desde os limites do Parque Natural da Serra da Estrela e vai-se estender até ao IP2, junto ao Shopping Monteverde. Os limites Este-Oeste vão ser definidos após um estudo da área possível de abrangência.
O comissário pretende estabelecer policiamento "de proximidade". João Amaral quer agentes "com maior visibilidade", com a distribuição de agentes pelo tecido urbano, tendo maior mostra de meios materiais e humanos em pontos sensíveis da cidade, nomeadamente a presença permanente de um veículo na Praça do Município.

Nem tudo são rosas

Apesar das ideias inovadoras de João Amaral, a PSP da Covilhã apresenta algumas carências. A falta de condições das instalações actuais, a falta de material, e o envelhecimento do armamento são alguns dos problemas há muito apontados. Mas, o novo comandante reitera a ideia de que " as instalações melhoraram substancialmente em relação a 2000, ano em que saí". E faz questão de lembrar "a existência do plano para a construção de novas instalações e a sua premente necessidade", lamentando a impossibilidade criada pela "crise actual"
Em relação ao envelhecimento do armamento, João Amaral reconhece o problema, mas adianta que "há um estudo da tutela em relação a todo o corpo policial" no que diz respeito ao assunto. Quanto a material em falta na PSP da Covilhã, João Amaral garante já ter tomado notas de todo material necessário e pensa que a "breve prazo" o problema estará resolvido. Um dos pedidos de João Amaral será mais material informático. O próprio gabinete do comandante não está dotado de computador.



João Amaral incorporou na PSP há 20 anos



Percurso



João Amaral, entra para a PSP em 1983, após o curso de formação em Torres Novas. É colocado na cidade de Lisboa em serviço de patrulha e, posteriormente, em serviço de protecção de altas autoridades. Em 1987, concorre ao curso de sub-chefe, o qual finaliza em 1998. A entrada em 1990 para o curso de Formação de Oficiais de Polícia, possibilitou com que, em 1995, João Amaral se licenciasse em Ciências Policiais. Nesse mesmo ano, integra a Escola Prática de Polícia como docente com a acumulação de funções na área documental da Escola. 1997 é o ano em que João Amaral é transferido para a Covilhã como coordenador das várias áreas operacionais em substituição do comandante da PSP da altura. Em resultado da promoção a comissário em 2000, regressa à Escola Prática de Polícia onde é coordenador e instrutor dos vários ramos de investigação policial, onde permanece até a nomeação como 2º comandante da Secção Distrital de Castelo Branco e comandante da Secção Policial da Covilhã.