João Carlos Alves Amaral. Este é o nome do novo comandante da Polícia
de Segurança Pública (PSP) da Covilhã. O comissário
de 45 anos é natural da Vila do Carvalho e exerce o novo cargo em acumulação
com as funções de 2º comandante da Secção Distrital
de Castelo Branco. A liderança da Secção Policial da Covilhã
não é um trabalho estranho a João Amaral. Já desempenhou
a mesma função em substituição do comandante da altura
entre Julho de 1997 e Outubro de 2000.
O novo comandante vai implementar algumas novidades na PSP da Covilhã.
A primeira, que vai ser posta em prática ainda durante esta semana, é
a criação de uma secção de intervenção
rápida. Esta força suplementar vai ser constituída por seis
agentes, entre os quais um chefe. A secção de intervenção
rápida vai ser utilizada como forma de auxílio aos agentes em patrulha
em caso de necessidade.
A criação de uma secção de informações
e operações, em que será feito o levantamento dos problemas
da Covilhã bairro por bairro, é outra aposta de João Amaral.
A secção vai funcionar no actual edifício da PSP, com um
agente credenciado para fazer o tratamento de todas a notícias de criminalidade.
Dentro do âmbito da nova secção vai estar a análise
do tipo de criminalidade da cidade, a fixa etária dos autores dos crimes
e possíveis causas.
A passagem da Secção Policial da Covilhã é uma ambição
de João Amaral. O comissário anunciou que a proposta "foi enviada
muito recentemente para o gabinete Administrador de Segurança do Ministério
da Administração Interna". A transformação, ainda
sem confirmação, pode trazer à Covilhã mais meios
humanos e materiais. Com a chegada a Divisão, a área da PSP da Covilhã
vai ser desde os limites do Parque Natural da Serra da Estrela e vai-se estender
até ao IP2, junto ao Shopping Monteverde. Os limites Este-Oeste vão
ser definidos após um estudo da área possível de abrangência.
O comissário pretende estabelecer policiamento "de proximidade".
João Amaral quer agentes "com maior visibilidade", com a distribuição
de agentes pelo tecido urbano, tendo maior mostra de meios materiais e humanos
em pontos sensíveis da cidade, nomeadamente a presença permanente
de um veículo na Praça do Município.
Nem tudo são rosas
Apesar das ideias inovadoras de João Amaral, a PSP da Covilhã apresenta
algumas carências. A falta de condições das instalações
actuais, a falta de material, e o envelhecimento do armamento são alguns
dos problemas há muito apontados. Mas, o novo comandante reitera a ideia
de que " as instalações melhoraram substancialmente em relação
a 2000, ano em que saí". E faz questão de lembrar "a existência
do plano para a construção de novas instalações e
a sua premente necessidade", lamentando a impossibilidade criada pela "crise
actual"
Em relação ao envelhecimento do armamento, João Amaral reconhece
o problema, mas adianta que "há um estudo da tutela em relação
a todo o corpo policial" no que diz respeito ao assunto. Quanto a material
em falta na PSP da Covilhã, João Amaral garante já ter tomado
notas de todo material necessário e pensa que a "breve prazo"
o problema estará resolvido. Um dos pedidos de João Amaral será
mais material informático. O próprio gabinete do comandante não
está dotado de computador.
João Amaral
incorporou na PSP há 20 anos
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João Amaral, entra para a PSP em 1983, após o curso
de formação em Torres Novas. É colocado na
cidade de Lisboa em serviço de patrulha e, posteriormente,
em serviço de protecção de altas autoridades.
Em 1987, concorre ao curso de sub-chefe, o qual finaliza em 1998.
A entrada em 1990 para o curso de Formação de Oficiais
de Polícia, possibilitou com que, em 1995, João Amaral
se licenciasse em Ciências Policiais. Nesse mesmo ano, integra
a Escola Prática de Polícia como docente com a acumulação
de funções na área documental da Escola. 1997
é o ano em que João Amaral é transferido para
a Covilhã como coordenador das várias áreas
operacionais em substituição do comandante da PSP
da altura. Em resultado da promoção a comissário
em 2000, regressa à Escola Prática de Polícia
onde é coordenador e instrutor dos vários ramos de
investigação policial, onde permanece até a
nomeação como 2º comandante da Secção
Distrital de Castelo Branco e comandante da Secção
Policial da Covilhã.
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