"Sobre os prazos previstos não tenho nenhuma informação
que me permita não acreditar que não sejam cumpridos". A afirmação
é dada pelo ministro da Agricultura, Sevinate Pinto, acerca do Regadio
da Cova da Beira. A construção desta obra, considerada por muitos
como "estruturante" e "fundamental" para a região,
tem sido marcada por constantes avanços e recuos.
Já em Outubro do ano passado, o secretário de Estado do Desenvolvimento
Rural, Bianchi de Aguiar, garantia, numa visita à Adega Cooperativa da
Covilhã, que as obras seriam concluídas dentro dos prazos. "O
processo está numa fase bastante avançada de execução.
A decisão já foi tomada e não se vai voltar a atrás",
reiterava este membo do Governo naquela altura.
No entanto e ao contrário do que agora diz, Sevinate Pinto, numa deslocação
à cidade serrana, a 25 de Maio de 2002, não garantia que o prazo
até 2006 fosse cumprido. Nessa data, o problema, esclarecia o ministro,
era "executar". "Corremos graves riscos de ter que devolver meios
que nos eram afectados. No caso deste Ragadio, também", explicava
o titular da pasta da Agricultura.
Perante tantas declarações contraditórias e "os constantes
atrasos que o Regadio tem sofrido, depois de terem sido avançadas diversas
datas para a sua conclusão", António Cardoso demite-se do cargo
de presidente da Associação de Beneficiários do Regadio da
Cova da Beira (ABRCV). Depois de sete anos no cargo, António Cardoso deixou
claro que saía triste por o Regadio não estar concluído no
seu mandato.
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