Luís Machado mostra-se céptico a um desbloqueamento
rápido da barragem. Ainda assim, Amílcar Theias (à direita)
vem à Covilhã discutir o assunto
|
Após ultimato de Carlos Pinto
Ministro do Ambiente vem à Covilhã
discutir barragens
|
Carla Loureiro
NC / Urbi et Orbi
|
|
|
Amilcar Theias, ministro do Ambiente, virá,
dentro de 10, 15 dias, à Covilhã. Na deslocação, o membro
do Governo trará o dossier das barragens que a Câmara Municipal pretende
construir nas Penhas da Saúde e Atalaia, no Teixoso, e que até à
data não tiveram qualquer resposta por parte do Ministério da tutela.
"Prometi ao presidente da Câmara vir à Covilhã para falarmos
mais em pormenor sobre isso", revela Amilcar Theias.
O atraso verificado na falta de resposta por parte do ministro da Tutela no que
concerne à construção destas duas infra-estruturas, bem como
a recuperação da barragem do Padre Alfredo, em Unhais da Serra, levaram
a que, no final de Junho, o autarca covilhanense, Carlos Pinto, fizesse um ultimato
ao Governo. "Se até 31 de Julho não tivermos repostas do Ministério
do Ambiente, tomaremos acções públicas de desagrado",
ameaçava Pinto durante a última Assembleia Municipal. Com um discurso
mais calmo, mas nem por isso menos reivindicativo, o edil serrano voltou ao assunto
no último domingo, 27. Carlos Pinto aproveitou a presença do primeiro-ministro,
Durão Barroso e de Amilcar Theias para relembrar a urgência que existe
no desbloqueamento desta situação. "Já fizemos o trabalho
de casa, já temos estudos", reitera o presidente da Câmara, que
foca também a "vontade de alguns" em que a Covilhã adira
ao Sistema Multimunicipal. "Já vimos que não nos compensa",
responde Pinto.
No entanto, a solução para as barragens parece não estar para
breve. "Ainda estou a estudar os dossiers. São questões complexas
e que exigem meios financeiros avultados", esclarece Amilcar Theias. As verbas,
essas, existem, confirma o membro do Governo. Todavia, "não estão
afectas a estas obras em particular - barragens das Penhas e Atalaia -". O
facto da Covilhã não integrar o Sistema Multimunicipal também
tem sido visto como uma "diculdade" à concretização
destes projectos. "É evidente que há inter-relações,
mas esses problemas têm que ser todos analisados", sustenta o ministro
do Ambiente, escusando-se a dar mais pormenores. A evidenciar ainda mais este facto
estão as declarações feitas pelo presidente da Águas
de Portugal, principal accionista da empresa Águas do Zêzere e Côa.
Luís Machado dizia, a 9 de Junho, no Fundão, e referindo-se explicitamente
à construção da barragem das Penhas, que "de uma forma
isolada, teria poucas possibilidades de avançar".
|
|
|