O Politécnico da Guarda vai continuar à espera da Escola Superior de Saúde

Proposta surgiu em 1998
Escola Superior de Saúde continua adiada

A passagem de Escola Superior de Enfermagem a Escola Superior de Saúde continua a ser uma miragem. O presidente do Politécnico tem esperança que a publicação de uma portaria resolva a situação até ao final do ano
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NC / Urbi et Orbi


A criação da Escola Superior de Saúde na Guarda fica adiada. A tranformação da Escola de Enfermagem (ESEnf) em Escola Superior de Saúde é uma aspiração de Jorge Mendes, presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), há muito desejada e sempre adiada. No entanto, o presidente desta instituição, ainda tem esperança que o Ministério da Ciência e Ensino Superior avalize, por portaria a tranformação da ESEnf em Escola Superior de Saúde, ainda este ano.
Os políticos da cidade têm-se empenhado para concretizar este objectivo. Contudo, o líder do IPG considera que "talvez a Guarda não tenha força política suficiente para concretizar este objectivo".
Desde 1998 que a proposta foi lançada aos autarcas do distrito, Governo Civil, Direcção Geral do Ensino Superior e ministérios da Educação e da Saúde, todavia, o projecto tem sido sucessivamente adiado.
No ano passado, a Escola de Enfermagem de Castelo Branco foi a única a beneficiar dessa transformação. Situação que "indignou" Jorge Mendes. O presidente do IPG explica que "as Escolas Superiores de Enfermagem foram integradas nos politécnicos em Março de 2002, quando os processos dos cursos estavam fechados, mas mesmo assim foi negociado directamente com o Ministério da Educação o que iria acontecer relativamente aos novos cursos de saúde". Na altura, "a secretária de Estado da tutela afirmou que estava à espera do parecer técnico de uma comissão para decidir quais eram as valências que iriam ficar em cada uma das zonas". Mas a ideia que ficou foi a de que em 2002 seria extremamente difícil abrir novos cursos de saúde, em qualquer ponto do País.
O presidente do IPG rejeita que seja uma questão de cursos, porque a escola pode ser transforma em portaria mesmo sem haver nenhum curso novo aprovado,à semelhança de Bragança. Na opinião do presidente do IPG "trata-se de uma decisão exclusivamente política e que passa unicamente pela publicação de uma portaria que oficializa essa transformação". Salienta ainda que, "o que não pode acontecer é continuar-se a adiar a decisão da portaria, mais por critérios teoricamente técnicos, quando isso não é verdade".
Para já, Jorge Mendes vai pedir explicações ao ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce, para discutir o assunto e tentar colocar a Guarda em pé de igualdade com Castelo Branco e Bragança.