Liga de Honra
Sporting da Covilhã arranca frente ao Estoril
O Covilhã dá o pontapé de saída na Liga de Honra
com uma deslocação ao Estoril. Para a segunda jornada ainda não
há adversário.
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Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi
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Cavaleiro não espera facilidades para a próxima época
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João Petrucci já tinha manifestado
o desejo de jogar em casa no arranque da Liga de Honra, pelo retorno financeiro
decorrente de tal situação. Por outro lado, o que mais temia era uma
visita às ilhas na jornada inaugural. O sorteio de dia 16, que ditou uma
deslocação ao Estoril foi, por isso, um mal menor. A equipa de João
Cavaleiro, que assume a manutenção como objectivo principal, defronta
um Estoril Praia ambicioso, que não esconde a aspiração à
Superliga, orientado por Ulisses Morais. Um homem com fortes ligações
à Covilhã e que já conhece os "humores" do Leão
da Serra.
Para a segunda ronda é que o conjunto leonino ainda não tem adversário.
O Farense foi despromovido à II B por incumprimento das obrigações
fiscais e ainda não está definido um substituto, sendo certo que Felgueiras,
Leça e União de Lamas, exactamente por esta ordem, são os mais
fortes candidatos a ocupar o lugar.
Com um plantel completamente remodelado face à saída de 11 jogadores
no último defeso, Cavaleiro tem pela frente uma missão que, não
sendo impossível, vai ser muito complicada. Tinha razão o técnico
quando desabafou, no dia da apresentação do plantel aos sócios,
que "esta Liga de Honra é uma segunda Superliga" com "cerca
de 14 com aspirações à subida". Com efeito, este é,
muito probavelmente, o mais forte conjunto de equipas no segundo escalão
do futebol português de sempre. Salgueiros, Setúbal, Varzim, Santa
Clara, Penafiel e Chaves são clubes habituados aos grandes palcos do futebol
nacional. Depois há que contar com a Naval e o Portimonense que perderam
o combóio para a Superliga na última jornada da última época.
Já para não falar de Estoril e Leixões que, ainda que tenham
subido de escalão este ano, apostam claramente numa passagem fugaz pela Liga
de Honra em direcção à I Liga. Em segundo plano, mas também
à espreita de um lugar nos três primeiros, surgem o Desportivo das
Aves, o Maia e o União da Madeira. Onde se enquadra o Covilhã neste
panorama? Cavaleiro e Petrucci parecem afinar do mesmo diapasão: "arregaçar
as mangas e trabalhar com realismo para dignificar o clube, a Covilhã e a
Região e assegurar a manutenção o mais depressa possível".
E "realismo" é mesmo a palavra de ordem. Em período de recesão
económica, o clube não quer entrar "em aventuras" e foi
buscar jogadores quase desconhecidos a baixo custo. Arriscado? João Cavaleiro
sorri e desarma os repórteres: "O ano passado fizemos a mesma coisa
e continuamos na II Liga".
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