A 15ª edição da Covifeira - Feira Industrial e Comercial da
Covilhã contou, segundo dados do departamento de exposições
da Associação Nacional de Lanifícios (ANIL), com mais de
16000 visitantes. Carla Antunes, chefe do departamento de exposições
da ANIL, declarou que "o balanço possível é que os dias
de hoje não são muito favoráveis à realização
de feiras".
Uma tendência que, para Carla Antunes, já não vem de agora.
"Em outras feiras, realizadas ao longo do ano no Pavilhão da ANIL,
a aderência do público têm sido muito menor do que em anos
anteriores", comenta.
Das conversas que procedeu com alguns dos expositores da Covifeira, a chefe do
departamento de exposições da ANIL tira a conclusão que nem
todos ficaram satisfeitos com a edição 2003 do certame. "Algumas
das empresas atingiram os seus objectivos e outras não"
João Neves, um dos participantes da feira com a Mobiprestige (móveis
em alumínio), sente-se descontente com o baixo número de visitas
ao Pavilhão da ANIL. O empresário do Fundão conta que "no
ano passado apareceram mais pessoas, o que se traduziu num num maior número
de negócios transaccionados". Como motivos possíveis para a
falta de visitas refere "problemas de organização", nomeadamente
o facto de os espectáculos recreativos incluídos no programa da
Covifeira terem decorrido fora da área do certame.
A Papelaria Barroso, do Paúl, foi uma das quatros livrarias participantes
na feira do livro da Covifeira. O seu proprietário, Manuel Santos, diz
que "as vendas foram tão baixas que não são suficientes
para cobrir os custos da vinda à Covifeira".
O programa de espectáculos realizado em espaço separado da Covifeira
não teve o sucesso esperado pela organização. Em alguns dos
dias da Covifeira, não houve sequer 80 pessoas a assistir às actuações
dos artistas. "Os espectáculos estavam a cargo da Câmara Municipal
da Covilhã, por isso a ANIL não teve muita influência na escolha
do local", justifica-se Carla Antunes.
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