José Geraldes
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Metro de superfície e Linha da Beira Baixa
Este metro tem todas as possibilidades de ter êxito
(..). Metro que, em 25 minutos, transportaria estudantes universitários
e outros utentes para Castelo Branco e para a Guarda.
A questão da Linha da Beira Baixa é tema que não pode ser
esquecido. Daí o voltar a tratar o assunto impõe-se como um dever
para com o nosso desenvolvimento regional e para com as gentes que vivem e trabalham
no eixo Guarda -Covilhã- Fundão -Castelo Branco.
Ao referir-se a Linha da Beira Baixa é obrigatório destacar a acção
do "6 de Setembro" que se tem batido, desde há anos, pelo valor
desta ferrovia.
Em toda a Europa e, de forma geral, nos países industrializados, ao lado
de uma boa rede de auto-estradas, existem linhas de caminho de ferro para passageiros
e mercadorias. E descobrem-se mesmo cidades onde os utentes têm a possibilidade
de escolher, de entre transportes possíveis, também, o avião.
O comboio não tende, pois, a desaparecer. Pelo contrário. Está
a transformar-se num transporte cada vez mais rápido que chega a competir
com o próprio avião.
Os comboios de alta velocidade comprovam à saciedade o facto. A procura
do comboio de alta velocidade Paris-Londres que passa pelo túnel do canal
da Mancha, já ultrapassa as passagens aéreas. O mesmo acontece no
percurso Paris-Lyon e Paris- Marselha, em França. Ganha-se tempo no embarque,
pois sai-se no centro destas cidades.
Começa a concluir-se que o progresso de um país está ligado
a este tipo de comboios. E quem se atrasa, como é o caso de Portugal, pagará
caro a factura.
E é triste verificar que, enquanto a Espanha já possui várias
linhas de comboio de alta velocidade, Portugal ainda anda a discutir o traçado.
No que diz respeito à Linha da Beira Baixa, a pressão sobre o Governo
tem de continuar. Pressão que leve a decisões concretas e imprescindíveis
para a nossa Região.
Os autarcas das principais vilas e cidades já falaram. A Assembleia Municipal
da Covilhã tomou posição. Mas seria um erro deixar esmorecer
o movimento colectivo de protesto.
Tem-se sublinhado e bem que tem de haver "união entre vizinhos"
neste protesto. E com acções concretas. Só lançar
umas frases de impacto para os jornais não resulta.
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