O distrito de Castelo Branco acaba de receber mais de 330 mil euros para a prevenção
e combate a incêndios. A verba resultou da assinatura de protocolos de cooperação,
na segunda-feira, 14, entre o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção
Civil (SNBPC) - Núcleo de Protecção da Floresta e as Comissões
Especializadas de Fogos Florestais (Ceff's) Municipais do distrito. Os 330 mil
euros destinam-se aos programas de infra-estruturas florestais e vigilância
móvel motorizada, uma quantia muito inferior à candidata em Dezembro
de 2002 pelas 12 entidades, cerca de dois milhões de euros.
"É óbvio que com a limitação de verbas existentes
não é possível ir mais longe. Mas o que nos interessa, acima
de tudo, é dar as mãos com a Ceff's municipais, no sentido de conseguir
o mais possível para a nossa floresta e melhorar as condições
para que quando os bombeiros enfrentam o fogo tenham melhores caminhos, pontos
de água e facilidade no combate", considera Pedro Lopes, vice-presidente
do SNBPC.
Dos trabalhos apoiados, destacam-se os 9,7 quilómetros de novos caminhos
florestais, 180,04 de reparação de outros já existentes,
construção de mais sete pontos de água e a reparação
de mais quatro. Quanto ao programa de vigilância móvel, está
prevista a constituição de 10 grupos que vão ficar atentos
ao início de qualquer fogo.
A Comissão Especializada de Fogos Florestais de Proença-a-Nova é
a contemplada com o valor mais alto do distrito, auferindo de mais de 40 mil 150
euros. Contrariamente, a congénere do Parque Natural da Serra da Malcata
recebe apenas mil 751 euros. Em relação aos postos de vigia, dois
terços dos 22 existentes estão a funcionar e os restantes devem
sê-lo dentro em breve.
Apesar da quantia para a prevenção e combate a incêndios,
o distrito albicastrense não tem sido tão afectado este ano. De
facto, os fogos têm consumido menos floresta em 2003. A rápida intervenção
dos meios aéreos, em especial do helicóptero de grande porte, faz
com que tenham ardido menos cinco mil e 800 hectares que em 2002.
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