Os trabalhadores continuam à espera de uma solução
para a empresa
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Interessados na empresa em negociações
Solução adiada
No dia 30 terá lugar mais uma Assembleia
de Credores da Nova Penteação. Data em que poderão surgir
novas propostas de viabilização.
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Por Catarina Rodrigues
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A Assembleia de Credores da Nova Penteação
foi novamente adiada, desta vez para o próximo dia 30. Para Luís Garra,
presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), este adiamento é
"um pouco exagerado". O líder sindical considera no entanto que
é preferível à votação da "má proposta
que estava em cima da mesa".
Até ao momento apenas a actual administração da empresa apresentou
uma proposta de viabilização, que inclui o despedimento dos 300 trabalhadores
que agora frequentam o programa FACE. O adiamento da Assembleia de Credores para
o final do mês é uma forma de dar possibilidade ao aparecimento de
novas propostas.
O empresário Paulo de Oliveira, Joaquim Cardoso, ex-líder da Maconde
e Aníbal Ramos, antigo administrador e accionista da Nova Penteação,
são os três interessados na unidade fabril. Segundo uma fonte ligada
ao processo os três interessados estão a negociar com o Sistema de
Incentivos à Revitalização e Modernização Empresarial
(SIRME).
Para Garra, "o nome de quem vai tomar conta da empresa não é
importante". O sindicalista lembra que qualquer negociação que
não respeite os trabalhadores e os seus direitos corre o risco de não
ter êxito. O presidente do STBB afirma ainda que "há total disponibilidade
por parte dos trabalhadores para encontrar soluções negociadas transitórias
que respeitem os seus direitos na integra e que possam propiciar a continuidade
da empresa".
António Aguilar, administrador da Nova Penteação não
quis tecer comentários sobre o surgimento de novas propostas por parte de
interessados. "Após a proposta que apresentámos [a administração]
somos aqui um pouco espectadores", explica. Aguilar recorda que nesta fase
da empresa quem estiver interessado terá que negociar directamente com os
credores e não com a administração. "O que importa é
que se encontre uma solução que conjugue a capacidade financeira com
a técnica e comercial", sublinha o administrador.
Cerca de 200 trabalhadores marcaram presença no Tribunal da Covilhã
para assistirem à Assembleia de Credores do dia 15, que acabou por ser adiada.
Irene Peixoto, é uma das pessoas que está integrada no programa FACE.
Diz-se "revoltada" com mais um adiamento", mas tem esperança
que surjam novas soluções. Ana Rosa Rodrigues, também trabalhadora
da Nova, mostrou-se surpreendida com a alteração da data da Assembleia
mas sublinha que "os trabalhadores da Nova estão muito unidos e não
se vão deixar derrotar. Luís Garra afirma que "as 300 pessoas
que estão em formação são hoje mais qualificadas e é
um contra senso atirá-las para o desemprego".
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