Pi





de
Darren Aronofsky




 

Por Daniel Sousa e Silva



"
Quando eu era criança, a minha mãe disse-me que não olhasse directamente para o sol. Uma vez, aos seis anos, acabei por fazê-lo."

"Pi" é um filme que chega ao limite entre o que é racional e o que é loucura. Tudo o que um ser humano é capaz de fazer para realizar o seu sonho. Tudo isto misturando imagem a preto e branco e uma música electrónica frenética, o que deixa o espectador tenso, criando, por vezes, um ambiente surrealista.
Um jovem génio da matemática e computação, Max Cohen (Sean Gullette), vive escondido da luz do sol, porque lhe dá constantes dores de cabeça, e evita o contacto com outras pessoas. Max conseguiu construir um super computador que lhe permitiu descobrir um número de 216 dígitos, o que fez com que compreendesse toda a existência da vida na Terra, já que percebeu que todos os eventos se repetiam após um determinado espaço de tempo.
Assim, Max pôde calcular o que viria a acontecer no mercado da bolsa de valores, uma vez que conhecia as tendências que se repetiriam. Por causa desta descoberta, passa a ser cobiçado por representantes de Wall Street e também por uma seita judaica que busca decifrar os mistérios da matemática para descobrir o verdadeiro nome de Deus…
Com uma história convincente e um final surpreendente, "Pi" consegue deixar o espectador perplexo até o último minuto.

"Eu reitero os meus axiomas. Um: a matemática é a linguagem da natureza. Dois: tudo em nosso redor pode ser representado e entendido através dos números. Três: se representarmos graficamente os números de qualquer sistema, os modelos surgem. Por conseguinte, há modelos em todas as partes da natureza. (…)
Então, o que acontece com o mercado bolsista? O universo de números que representa a economia global. Milhões de mãos a trabalharem, milhões de cabeças. Uma imensa rede, gritando com vida - um organismo. A minha hipótese: dentro do mercado bolsista também existe um modelo…"




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