Até final do Verão, a população da Zona do Rio, na
fronteira entre os concelhos do Fundão e da Covilhã, vai ter estrada
nova. Uma localidade da freguesia de Silvares que há muito reclama por
uma via de acesso "digna". Até lá, e enquanto não
terminam as obras, os habitantes terão que continuar a deslocar-se pela
estrada do concelho vizinho, via Aldeia de S. Francisco de Assis - Ourondo - Silvares.
Um sacrifício que, defende Carlos São Martinho, vice-presidente
da Câmara do Fundão, "vai compensar, uma vez que a região
vai ficar com uma via de excelente qualidade".
Segundo o projecto, a estrada vai ter seis metros de largura e valeta reforçada.
Características não contempladas no plano inicial, mas que foram
acrescentadas pela autarquia em concordância com a empresa responsável
pela empreitada. Trabalhos a mais que não vão implicar uma inflacção
dos custos previstos inicialmente (cerca de 600 mil euros), uma vez que a obra
original foi adjudicada por um preço abaixo do valor de base do concurso
público.
Na opinião do autarca, "esta via é essencial para o projecto
turístico que a Câmara tem preconizado para o Cabeço do Pião".
São Martinho aponta o final do Verão para a conclusão da
plataforma mas acrescenta que os restantes trabalhos da empreitada só vão
estar prontos no final do ano.
Outro aspecto que merece a atenção da edilidade fundanense, é
precisamente a ponte sobre o Zêzere, que liga os concelhos fundanense e
covilhanense. A estrutura é relativamente antiga e, segundo o vice-presidente,
"está a precisar de obras de manutenção". Trabalhos
que terão que ser feitos em conjunto pelas duas autarquias uma vez que
se trata de uma estrutura inter-municipal.
Variante tira trânsito de Aldeia Histórica
Também em fase de conclusão está a variante a Castelo Novo.
Um projecto atribulado que conheceu vários avanços e recuos devido
a processos de expropriação pouco pacíficos. O vice-presidente
da Câmara acredita que a via estará pronta dentro de 90 dias, ou
seja, em final de Setembro. A estrada contorna a Aldeia Histórica e termina
perto da fábrica das Águas do Alardo com um parque de estacionamento
com espaço para oito autocarros e 30 automóveis. Um projecto delineado
em colaboração com a empresa de águas que vai, assim, poder
ampliar as suas instalações em 250 metros quadrados. Uma expansão
que permite à empresa "atacar" outros sectores de mercado como
o engarrafamento em vidro, para restaurantes, que não é feito até
agora.
O valor inicial da obra era de 600 mil euros, mas o custo vai ser superior. A
remoção da rocha teve que ser feita sem recurso a explosivos para
não danificar os lençóis freáticos, o que inflaccionou
o valor previsto. Os trabalhos a mais ainda não estão devidamente
quantificados, mas a Câmara e a empresa vão reunir em breve para
resolver a situação.
De resto, adianta São Martinho, "vão também ser feitos
dois caminhos pedonais com fins turísticos. Um pela estrada antiga, e outro
pelo Parque do Alardo". O objectivo é melhorar o acesso a Castelo
Novo e, ao mesmo tempo, limitar o trânsito automóvel na Aldeia Histórica
para que esta seja visitada a pé, ou, como defende o autarca: "Como
deve ser".
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