Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi


As obras já estão no terreno

Até final do Verão, a população da Zona do Rio, na fronteira entre os concelhos do Fundão e da Covilhã, vai ter estrada nova. Uma localidade da freguesia de Silvares que há muito reclama por uma via de acesso "digna". Até lá, e enquanto não terminam as obras, os habitantes terão que continuar a deslocar-se pela estrada do concelho vizinho, via Aldeia de S. Francisco de Assis - Ourondo - Silvares. Um sacrifício que, defende Carlos São Martinho, vice-presidente da Câmara do Fundão, "vai compensar, uma vez que a região vai ficar com uma via de excelente qualidade".
Segundo o projecto, a estrada vai ter seis metros de largura e valeta reforçada. Características não contempladas no plano inicial, mas que foram acrescentadas pela autarquia em concordância com a empresa responsável pela empreitada. Trabalhos a mais que não vão implicar uma inflacção dos custos previstos inicialmente (cerca de 600 mil euros), uma vez que a obra original foi adjudicada por um preço abaixo do valor de base do concurso público.
Na opinião do autarca, "esta via é essencial para o projecto turístico que a Câmara tem preconizado para o Cabeço do Pião". São Martinho aponta o final do Verão para a conclusão da plataforma mas acrescenta que os restantes trabalhos da empreitada só vão estar prontos no final do ano.
Outro aspecto que merece a atenção da edilidade fundanense, é precisamente a ponte sobre o Zêzere, que liga os concelhos fundanense e covilhanense. A estrutura é relativamente antiga e, segundo o vice-presidente, "está a precisar de obras de manutenção". Trabalhos que terão que ser feitos em conjunto pelas duas autarquias uma vez que se trata de uma estrutura inter-municipal.

Variante tira trânsito de Aldeia Histórica

Também em fase de conclusão está a variante a Castelo Novo. Um projecto atribulado que conheceu vários avanços e recuos devido a processos de expropriação pouco pacíficos. O vice-presidente da Câmara acredita que a via estará pronta dentro de 90 dias, ou seja, em final de Setembro. A estrada contorna a Aldeia Histórica e termina perto da fábrica das Águas do Alardo com um parque de estacionamento com espaço para oito autocarros e 30 automóveis. Um projecto delineado em colaboração com a empresa de águas que vai, assim, poder ampliar as suas instalações em 250 metros quadrados. Uma expansão que permite à empresa "atacar" outros sectores de mercado como o engarrafamento em vidro, para restaurantes, que não é feito até agora.
O valor inicial da obra era de 600 mil euros, mas o custo vai ser superior. A remoção da rocha teve que ser feita sem recurso a explosivos para não danificar os lençóis freáticos, o que inflaccionou o valor previsto. Os trabalhos a mais ainda não estão devidamente quantificados, mas a Câmara e a empresa vão reunir em breve para resolver a situação.
De resto, adianta São Martinho, "vão também ser feitos dois caminhos pedonais com fins turísticos. Um pela estrada antiga, e outro pelo Parque do Alardo". O objectivo é melhorar o acesso a Castelo Novo e, ao mesmo tempo, limitar o trânsito automóvel na Aldeia Histórica para que esta seja visitada a pé, ou, como defende o autarca: "Como deve ser".