"Isto é um dia de festa, mas também de canseira para nós".
Quem o diz é Rafael Vicente Pardal, presidente do Grupo Recreativo Vitória
de Santo António (GRVSA) acerca do 8º Encontro Nacional de Folclore.
Trata-se de uma iniciativa promovida pelo GRVSA, que já tem vindo a ser
feita há algum tempo e que consiste em convidar ranchos folclóricos
de outras zonas do País para um desfile pelas ruas e, posteriormente, a
sua actuação. "Já fazemos folclore há mais de
30 anos, mas a sério e que se possa chamar de encontro, é a oitava
vez", explica o presidente.
Todos os anos, a direcção tenta trazer a este tipo de iniciativa
novos grupos folclóricos. No sábado, 5, o Encontro contou com a
presença do Grupo Folclórico de Tregosa (Barcelos), As Moleirinhas
de Marinhas (Esposende), o Rancho Folclórico Flor do Alto Alentejo (Évora),
o Grupo de Danças e Cantares Tradicionais de Rio Meão (Sta. Maria
da Feira) e finalmente, o Rancho Folclórico de Torredeita (Viseu).
A ideia de fazer uma reunião de ranchos folclóricos desta envergadura
surgiu "para mostrar às pessoas que um encontro folclórico
também faz parte da cultura dos povos", confessa o presidente da direcção.
Daí haver uma interacção entre as vilas e cidades visitantes
e a Covilhã. "Hoje vêm eles cá, amanhã somos nós
a ir lá", sustenta.
Com este Encontro Nacional de Folclore, a direcção pretende "levar
os cantares e os dançares até onde for possível". E
segundo Rafael Pardal, "isto só tem sido possível com a ajuda
da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia".
Para o presidente, "o desfile é uma das coisas mais bonitas que se
deve ver". Porém, "a população não adere
tanto ao desfile, mas mais ao próprio encontro folclórico".
Com uma tradição que se mantém já há anos,
como revela Rafael Pardal, a população jovem também pertence
a estes grupos. "Posso dizer que no nosso rancho, metade das pessoas são
jovens" e inclusivé, "10 são estudantes universitários
naturais da Covilhã", considera.
Cristina Lopes tem 15 anos e faz parte do GRVSA há cinco anos. Sendo já
a 5ª vez que participa nestes eventos, a jovem garante: "Sempre que
puder, participarei nisto porque é uma coisa que gosto muito de fazer".
Quem também pertence ao grupo há cinco anos é Álvaro
Jesus Moreira, 29 anos. "Tive a oportunidade de participar em todos os encontros
e ver que muitos jovens aderem ao ranchos é muito bom".
|