O balanço do projecto TexVision, que teve como objectivo criar uma imagem
de marca dos lanifícios portugueses em Espanha, foi apresentado ao ministro
da Economia, Carlos Tavares, no passado sábado, dia 12, em Lisboa.
José Robalo, presidente da Associação Nacional dos Industriais
dos Lanifícios (ANIL) faz uma apreciação positiva do projecto.
"Tentamos dar para Espanha uma imagem diferente da que tínhamos e
penso que o alvo foi atingido", diz José Robalo.
O projecto foi desenvolvido ao longo do último ano através de desfiles
de promoção e aposta no marketing, como publicidade em outdoors,
tendo Madrid e o Sul de Espanha como zona preferencial de acção.
O presidente da ANIL reitera a ideia de que "foi apenas um passo inicial,
mas com resultados bastante animadores".
Para José Robalo, "a imagem tem de ser criada com passos pequenos,
mas seguros, para que daqui a 10 ou 15 anos Portugal possa ser um exemplo a seguir
por outros".
A conquista crescente do mercado de exportações de lanifícios
é um dos propósitos de projectos como o TexVision. José Robalo
explica que "Portugal tem uma cultura da lã e há que saber
valorizar o potencial. Uma das formas passa por dar a conhecer no estrangeiro
a qualidade dos produtos portugueses."
Os primeiros frutos do TexVision começam já a dar sinais, com o
aumento de exportações para Espanha. O presidente da ANIL faz questão
de sublinhar que "não será apenas pela existência do
projecto, mas é bom saber que as nossas exportações aumentam,
enquanto as de outros países, como a Itália, baixaram mais de 15
por cento no último ano."
O programa foi desenvolvido em conjunto pela ANIL e pela Associação
Portuguesa dos Industriais do Vestuário. Os eventos financiados pelo Plano
Operacional da Economia custaram mais de quatro milhões de euros.
O presidente da ANIL adiantou ainda a ideia de novos programas de divulgação
dos lanifícios para o futuro em outros países europeus, "dependentes
da existência de verbas".
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