Virgílio Catarino Dias, licenciado pela Faculdade de Letras da Universidade
Clássica de Lisboa, prestou provas de mestrado em Língua, Cultura
Portuguesa e Didáctica na Universidade da Beira Interior, na passada sexta
feira, 4. A tese foi subordinada ao tema "A Transitividade Verbal - Aplicações
ao Estudo de um Sermão do Padre António Vieira".
O autor do trabalho explica que "a transitividade é um dos fenómenos
linguísticos que possibilitam a organização da fala".
A tese apresentada tem três partes distintas. Na primeira, retira da transitividade
os verbos copulativos ou aditivos e demonstra que estes, por não serem
representáveis, não podem predicar. Na segunda parte, a dissertação
alonga-se no estudo da transitividade que o autor define como "uma explosão
do sentido do verbo" que, desse modo, passa a compartilhar com outras palavras
o seu próprio sentido.
Virgílio Dias afirma que "a transitividade é esta partilha
de sentido que se estabelece, antes de mais, ao nível do núcleo
dinâmico da frase". Na terceira e última parte, a dissertação
ocupa-se de casos concretos de realização da transitividade, estudando
o complemento ou objecto directo, os complementos preposicionados, os predicativos
e ainda, os suplementos locativos.
O júri das provas de mestrado foi constituído por João Malaca
Casteleiro, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa, Maria José dos Reis Grosso, professora auxiliar da Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa e Maria Antonieta Garcia, professora auxiliar
da Universidade da Beira Interior. A arguente foi Maria José dos Reis Grosso.
Virgílio Dias foi aprovado com a classificação de Muito Bom.
|