Vítor Pereira é o novo presidente da concelhia do PS
Vítor Pereira toma posse
PS da Covilhã faz "marcação cerrada" à Câmara

A Concelhia do PS da Covilhã quer "ter uma palavra a dizer e uma proposta a apresentar sobre todas as áreas de intervenção autárquica". Para isso, criou pelouros e grupos de trabalho. "Marcação cerrada" à Câmara é o se espera.


Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi


"Marcação cerrada" é o que a autarquia liderada pelo social-democrata Carlos Pinto deve esperar da recém eleita Comissão Política Concelhia (CPC) do Partido Socialista (PS) da Covilhã. "Não pense o actual poder camarário que o PS transigirá com ameaças ou chantagens políticas, porque não nos intimidará", assevera o novo presidente da CPC socialista Vitor Pereira, durante a tomada de posse, na segunda feira, 23. O também advogado deixa a promessa de que o PS da Covilhã "terá sempre uma palavra a dizer e uma proposta a apresentar sobre todos os assuntos da vida do município". Para isso, vão ser atribuídos pelouros e criados grupos de trabalho, repartidos por todas as áreas de intervenção autárquica. Algo que traduz o "verdadeiro momento de viragem" que os "rosas" pretendem para a estrutura partidária.
As mensagens deixadas por Vitor Pereira continuam. "Enquanto Partido que se quer assumir como uma alternativa ao actual poder autárquico, comprometemo-nos a apresentar uma solução unificadora, forte, credível e ambiciosa, bem preparada e ganhadora", afirma. A "revoltante desculpabilização com o PS" por não terem sido ainda entregues as chaves das habitações sociais do Bairro do Cabeço, no Tortosendo, também constitui motivo para que o socialista se insurja contra a maioria PSD na Câmara da Covilhã. Por outro lado, as contas do município - cuja dívida ronda os 65 milhões de euros - também não passaram em claro. As críticas mantêm-se e, frisa Vitor Pereira, "só por uma unha negra é que não figuramos na lista negra" das autarquias com capacidade de endividamento.
No acto da tomada de posse, Pereira teve a seu lado o presidente da Federação Distrital do PS. Fernando Serrasqueiro, ainda que tivesse evitado falar de eventuais candidatos, garante que o Partido irá concorrer a todos os municípios, pondo de parte quaisquer coligações à esquerda. Porém, o líder da Federação não deixou de criticar a actuação do actual Governo PSD/PP. Da lista de acusações, destaque para o adiamento da abertura dos lanços da A23. "Pela primeira vez temos uma obra pública que está pronta seis meses antes do previsto, sem trabalhos extraordinários, e não abre", condena Serrasqueiro.