"A paciência está a esgotar-se". A afirmação
é de Carlos Pinto, presidente da autarquia covilhanense que se refere à
necessidade de resolver o problema da água na Covilhã. Na última
reunião da Assembleia Municipal, o edil voltou a lembrar a "urgência"
da construção de uma nova barragem nas Penhas da Saúde, na
Atalaia (Teixoso) e da recuperação da barragem do Padre Alfredo.
Carlos Pinto afirma que o Governo é o responsável pela existência
deste problema e acrescenta que "se até ao dia 31 de Julho não
surgir a resposta aguardada do Ministério do Ambiente será tomada
uma acção pública de protesto". O autarca não
quis adiantar qual será o próximo passo mas assegura que "a
Covilhã poderá ter problemas de água já neste Verão".
Há cerca de cinco meses atrás a Câmara apresentou um pedido
para o financiamento das barragens. "Não estou a pedir dinheiro do
Orçamento de Estado", afirma. Pinto diz não aceitar que o Governo
não aprove o que permite evitar a humilhação de Portugal
perder fundos comunitários".
O projecto de uma nova barragem foi pedido por Carlos Pinto em 1992. O processo
esteve parado e só em 1998 foi concluído. Nessa altura a autarquia
pediu também a realização de um projecto para a construção
da barragem da Atalaia, no Teixoso. Entretanto nasceu a questão do sistema
intermunicipal de água, ao qual a Covilhã acabou por não
aderir.
A edilidade candidatou o projecto a fundos comunitários e está preparada
para lançar a construção de duas novas barragens e a recuperação
de uma terceira. "Aguardamos apenas que o Ministério reconheça
a existência de um problema grave de abastecimento de água a um núcleo
de 70 mil pessoas de forma a que os concursos públicos possam ser lançados",
sublinha o presidente da Câmara.
Carlos Pinto garantiu aos deputados da Assembleia Municipal que neste mandato
a Covilhã terá o problema de água resolvido para os próximos
25 anos".
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