Por Alexandre S. Silva
É impossível ao mais antigo admirador não ouvir o
último álbum dos Metallica sem que uma lagrimazinha assome
ao cantinho do olho ao mesmo tempo que uma onda de nostalgia invade o
coração. Para aqueles que cresceram com "Ride the lightning",
"Master of Puppets" e "
And Justice For All",
o último registo dos californianos, intitulado "St. Anger",
é o tão profetizado regresso às origens depois de
uma fase menos feliz encarnada em "Load" e "Reload".
"St. Anger" marca o regresso do quarteto norte-americano (agora
com Rob Trujillo como baixista, em substituição de Jason
Newsted) ao trash e ao speed metal mais puro Argumentos com que "recrutaram"
a vasta legião de fãs que, desde 1991, altura do lançamento
de "Metallica" (mais conhecido como "Black Album"),
se sentiam como que atraiçoados.
O novo disco mostra uns Metallica antigos. Novamente preocupados com as
questões sociais. Agressivos, mas conscientes. Selvagens, mas controlados.
Com energias renovadas. Já não era sem tempo. Por onde tinham
andado rapazes?