O Plano Especial de Emergência para o Túnel da Gardunha, elaborado
em 1999, vai ser alterado. Rui Esteves, coordenador do Centro Distrital de Operações
e Socorros de Castelo Branco, refere, em declarações ao "Reconquista",
que "existem ainda alguns problemas a colmatar". "A falta de algum
equipamento específico ao nível dos bombeiros" é mais
um dos problemas que Rui Esteves afirma. "No Fundão faltam aparelhos
respiratórios de circuito fechado e equipamento de protecção
individual específico", lembra o responsável.
Para colmatar a falta deste equipamento, Rui esteves garante que a situação
está a ser analisada em conjunto com o Serviço Nacional de Bombeiros,
protecção Civil e Scutvias. Depois da revisão do Plano, Rui
Esteves afirma que "terá melhores meios de intervenção,
bem como a existência de galerias entre os dois túneis". A introdução
de galerias irá permitir retirar pessoas do interior dos túneis.
O coordenador do Centro Distrital de Operações e Socorros lembra
que "a filosofia será alterada com as galerias. Estas terão
portas corta-fogo e irão permitir que as pessoas se protejam no seu interior
até serem retiradas de um túnel para o outro em caso de sinistro".
O Plano Especial de Emergência define as normas de actuação
dos organismos com responsabilidades e faz actuar os meios necessários
em caso de emergência. Mas, para além dos meios utilizados pelo Plano
de Emergência, Rui Esteves lembra a existência de meios de primeira
intervenção que estão localizados dentro dos próprios
túneis. Um sistema de vigilância permanente, 500 quilos de pó
quimico seco, um sistema de combate a incêndio com água de 50 em
50 metros são alguns dos meios que o responsável recorda estarem
disponíveis no interior dos túneis.
O túnel da Gardunha tem uma extensão de mil 547 metros, sendo, assim,
o maior túnel rodoviário de Portugal. Todos os dias é atravessado
por milhares de automobilistas.
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