Apesar de continuar acima da média nacional, a construção na Cova da Beira dimunui
Dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística
Construção teve quebra na Cova da Beira

O mês de Abril deste ano veio confirmar o que acontecera no ano anterior: ao contrário do País, as licenças de construção continuam relativamente bem na Cova da Beira. Porém, em relação ao mês anterior, houve um decréscimo.


João Alves
NC/Urbi et Orbi


Mais uma vez, a dinâmica construtiva potencial em Portugal teve registos negativos em Portugal no passado mês de Abril. É isso que revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontam para uma diminuição de 5,1 por cento no número total de licenças para construção emitidas pelas autarquias. No meio de todas a variações negativas, a Cova da Beira e a Serra da Estrela voltam a escapar.
Recorde-se que, segundo um estudo relativo a Março deste ano, pelo décimo mês consecutivo, o número de licenças de construções novas para habitação apresentava uma variação relativa média negativa. Neste mesmo mês, o número total de fogos licenciados em construções novas para habitação diminuia 11,9 por cento em relação ao mês homólogo do ano anterior. No que tocava a licenças concedidas pelas câmaras municipais para obras (construções novas, ampliações, alterações, reconstruções e demolições de edifícios), o número total apresentava uma variação relativa média dos últimos 12 meses face ao período homólogo anterior de menos 2,6 por cento. Ou seja, havia um abrandamento descrescente comparativamente ao mês anterior.
No que tocava a regiões (NUTSII), as variações positivas verificavam-se nos Açores, Algarve e no Centro. O Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Madeira e Alentejo tinham variações negativas. No Centro, e na sua subdivisão em NUTSIII, a variação relativa média dos últimos doze meses de licenças de construções novas para habitação apresentava os valores mais elevados nas regiões da Serra da Estrela, com 60,6 por cento, e na Cova da Beira, com 53,2 por cento. No que tocava aos fogos licenciados em construções novas para habitação, a variação relativa média dos últimos doze meses registava valores mais elevados nos Açores, com 120,2 por cento, e mais uma vez na Serra da Estrela, com 87,7 por cento.
Nos dados relativos a Abril, mais uma vez a Cova da Beira e a Serra da Estrela voltam a apresentar os números mais elevados do País, embora, comparando com o mês anterior, se verifique uma diminuição. Na Estrela passou-se dos 60 por cento para os 50,4 e na Cova da Beira dos 53,2 para 36,1 por cento. Quebras significativas, num só mês.