Apesar do domínio, a equipa beirã não
evitou o afastamento
|
Futsal
Chaves afasta Boidobra da final da Taça
A Boidobra fez uma boa exibição,
mas a falta de sorte e uma guarda-redes flaviense excepcional impediram a passagem
da equipa à final da Taça de Portugal.
|
Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi
|
|
|
A formação do Estrelas do Zêzere,
da Boidobra, foi afastada da Taça de Portugal em Futsal Feminino pelo Desportivo
de Chaves na segunda mão da meia-final. O jogo disputou-se no Pavilhão
do Águias do Dominguiso, no domingo, 15, e terminou com um empate a cinco
bolas. Um resultado que convinha às flavienses que, do jogo da primeira mão,
disputado em Trás-os-Montes, traziam uma vantagem de dois golos (4-2).
Com o pavilhão completamente cheio a apoiar as beirãs, foram as transmontanas
quem melhor começou. Com alguma sorte à mistura, o conjunto forasteiro
chegava a uma vantagem de três golos, em apenas dez minutos e nos três
únicos lances de ataque de que dispôs. Com um jogo pouco técnico
mas bastante forte, as pupilas de Júlio Teixeira conseguiam manter as beirãs
longe da sua área, aproveitando também alguma ingenuidade da equipa
da Boidobra na saída para o ataque. Contudo, a seguir ao 0-3, e depois de
um domínio quase avassalador das nortenhas, as atletas covilhanenses reagem.
Com um jogo mais pensado e ataques mais eficazes as jogadoras orientadas por José
Luís chegam à igualdade (3-3) com que se atinge o Intervalo.
No recomeço do encontro, logo no primeiro lance, as transmontanas voltam
a colocar-se em vantagem na sequência de um canto. Mas a liderança
no marcador durou pouco. Dois minutos depois o conjunto da Boidobra volta a empatar
a partida e a dominar as operações. Em claro ascendente fruto de um
futsal mais evoluído, com a bola a passar pelos pés de todas as atletas
antes de sair o remate, as "Estrelas do Zêzere" trocam as voltas
às adversárias, mas não conseguem ultrapassar a última
barreira flaviense: a guarda-redes Carina Ferreira, entrada na segunda parte, que,
com uma exibição exemplar, foi a principal responsável pela
passagem da sua equipa à Final da Taça de Portugal. Para além
da prestação brilhante da guardiã flaviense, as jogadoras serranas
bem se podem queixar da falta de sorte. É que, só na segunda metade,
as futebolistas viram o poste "defender" cinco remates de Rute, Vanessa
e Tânia. Ainda assim, Ticha, deu esperanças à equipa quando,
a cinco minutos do fim, colocou a equipa covilhanense em vantagem pela primeira
vez com um portentoso remate a mais de 12 metros da baliza que levou ao rubro as
bancadas do recinto do Dominguiso.
Com pouco tempo para marcar mais dois golos, José Luís, faz avançar
a guarda-redes para criar desequilíbrios no meio-campo transmontano. Uma
táctica que se revelou fatal quando, em cima do fim do encontro, uma jogadora
flaviense alivia a bola da sua área, acabando por introduzi-la na baliza
deserta da Boidobra (5-5).
O resultado, que carimba a passagem do Desportivo de Chaves à final da Taça,
acaba por ser injusto perante o futsal apresentado por ambas as equipas. Apesar
da derrota, a equipa de José Luís recebeu elogios das várias
entidades presentes, incluindo de responsáveis da Federação
Portuguesa de Futebol.
|
|
|