A Câmara da Covilhã quer limpar o próprio leito do rio
Fora do âmbito do Programa Polis
Requalificação das ribeiras à beira do fim

Em Julho, já não haverá lançamento de esgotos nas ribeiras da cidade. É esta, pelo menos, a convicção da autarquia serrana que está a preparar uma festa para assinalar o dia.


NC/Urbi et Orbi


Até ao final de Julho, a Câmara Municipal da Covilhã vai organizar uma cerimónia que assinale o fim do lançamento de esgotos para as ribeiras da cidade. No evento, será feita a última ligação de efluentes aos emissários construídos ao longo dos dois cursos de água. O anúncio é feito por Carlos Pinto, presidente da autarquia covilhanense.
De seguida, "avançam os trabalhos de embelezamento e desaçoreamento das ribeiras", acrescenta Pinto. De acordo com o que revelou ao programa "Perguntas ao Presidente", da Rádio da Covilhã, havia "duas intervenções por fazer para devolver a dignidade ambiental às nossas ribeiras". Uma delas passava por "retirar o lançamento dos esgotos", pelo que "abrimos quilómetros de valas para colocar emissários e recolher todos os esgotos que iam directos para as ribeiras".
Após a fase dos esgotos estarem todos canalizados para os emissários, prossegue Carlos Pinto, "vamos intervir nas próprias ribeiras". "Há por ali muros caídos, muita vegetação e o leito tem que ser devidamente limpo", descreve o autarca. As obras de desaçoreamento das ribeiras representam um investimento de cerca de milhão e meio de euros e cuja empreitada, diz Pinto, já recebeu o visto do Tribunal de Contas. Ao contrário do que se pensa, esta é uma obra que decorre fora do âmbito do Programa Polis.
Quanto ao rio Zêzere, Carlos Pinto sustenta que a sua poluição só será irradicada com a construção da concessão de tratamentos de esgotos, em fase de concurso por parte dos Serviços Municipalizados.