Em Castelo Branco será preciso mudar de tracção
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Linha da Beira Baixa
Automotora fora de hipótese
Os passageiros da Covilhã e Fundão
não vão ter que mudar para uma automotora em Castelo Branco. A garantia
surge numa altura em que se contesta a electrificação da Linha da
Beira Baixa apenas até à capital de distrito.
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Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi
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"Os passageiros que precisam de ir para o
Fundão, Covilhã e Guarda não vão ter que fazer transbordo.
A partir de Castelo Branco muda-se apenas a tracção". A garantia
é dada por Paula Neves, do Gabinete de Comunicação da CP. Está,
assim, desvanecida a dúvida que pairava sobre os passageiros oriundos da
Covilhã e do Fundão - ou estes mudavam de tracção para
uma máquina a diesel ou faziam o resto da viagem numa automotora. Um problema
que se coloca com mais enfâse numa altura em que se procede à electrificação
da Linha da Beira Baixa até Castelo Branco - via ferroviária que liga
Lisboa à Guarda -, ficando a Covilhã e o Fundão fora do plano
de investimentos da Refer.
O facto de a electrificação da linha férrea ir somente até
à capital de distrito e não chegar a estes dois concelhos da Cova
da Beira, levaram já a que os autarcas Carlos Pinto e Manuel Frexes tivessem
solicitado esclarecimentos junto do Ministério das Obras Públicas
e Refer. Da parte da empresa, ainda que os investimentos digam respeito ao Estado,
a promessa de um projecto futuro que levará a electrificação
até à Covilhã, mas só lá para 2006.
O projecto de electrificação da Linha da Beira Baixa até Castelo
Branco representa um investimento de 45 milhões de euros, montante deixado
pelo anterior Governo socialista, que cumpre deste modo uma das suas maiores bandeiras
da campanha eleitoral para o Interior do País.
Em declarações ao Público, Rui Reis, director de Comunicação
e Imagem da Refer, assegura que estão a ser reunidos esforços "no
sentido de incluir a electrificação até à Guarda num
próximo plano de investimentos, o que quer dizer que dentro de dois, três
anos as obras já poderão estar no terreno". Em relação
ao troço Covilhã-Guarda, este responsável revela que vai sofrer
um conjunto de intervenções que stão em fase de estudo e em
que a primeira consiste no melhoramento de pontes e viadutos.
A situação da Linha da Beira Baixa sempre foi problemática.
Os comboios circulam a pouco mais de 80 quilómetros por hora, uma situação
que o NC confirmou in loco a 5 de Julho de 2002 (ver edição do NC
de 12 de Julho). Por altura das comemorações dos 40 anos da "Rápida
da Covilhã", o Grupo dos Amigos da Linha da Beira Baixa "meteu"
novamente nos carris a famosa locomotora e rumou até Lisboa. O resultado
da viagem só veio dar ainda mais consistência às críticas:
apesar de todas as modernizações de que os comboios e a linha férrea
foram alvo, a "Rápida da Covilhã" faz inveja ao Intercidades.
O actual comboio só ganha cerca de 30 minutos no percurso até Lisboa.
Mas o caso mais flagrante é talvez a viagem entre a Covilhã e Guarda,
onde a mesma é feita por uma automotora com quase 50 anos, a qual demora
mais de hora e 15 minutos a percorrer 40 quilómetros.
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